Sim, estamos em tempos complexos e cenários que saem do previsível. Como se deslocar e seguir, preservando a dignidade e a saúde, apesar de tudo?
São muitas as propostas e receitas que recebemos, de como viver – e aos poucos, crescendo (da criança à vida adulta) – temos acesso a mais possibilidades de decisões, e nas decisões construímos o que temos de mais nosso. Cada pessoa se constrói a partir de suas escolhas, diante do que vê e do que vive, em um campo de possibilidades limitado. Somos condicionados, influenciados por nossos pais e famílias, por nossa sociedade, espaços sociais e nível econômico. Somos condicionados pelas histórias e genéticas de nossos antepassados. Somos moldados pelo ambiente onde vivemos, pelas pessoas com quem convivemos e conversamos diariamente. Pensamos dentro de ideias que escutamos nos grupos onde estamos. Vivemos em sociedade, sociedades com suas leis, regras, afirmações e contradições. Recebemos propostas de moralidade e como atuar. Temos uma idade cronológica, e um passado que não pode ser mudado. Pode ser olhado de diversas formas, mas o acontecido já aconteceu. E então as nossas possibilidades limitadas.Escolhas, podemos construir e nos cuidar.
Pesquisas sobre o crescimento pessoal e comunitário diante de traumas e adversidades nos mostram que: (1) cultivar amigos e boa convivência ajuda muito a ser feliz; (2) colocar um propósito e ação de melhorar o nosso ambiente, sendo solidários, também contribui para isto; (3) buscar uma possibilidade de tentar reconciliação, aprendizado e gratidão, diante de tudo o que passou, nos abre para um presente interessante e um futuro promissor; (4) o otimismo realista nos ajuda a ter esperanças, e agir nesta direção; (5) desistir de uma ideia de perfeição e fórmulas prontas – abraçar a vida como ela é, fazendo o meu melhor mas sabendo que sou humano e imperfeito e assim sempre será, sabendo que posso errar, erro, e errei em algum momento.
Precisamos responder à vida, sobre o fato de cada um estar ao lado de outros, de ser livre para escolher, de a vida terminar um dia, da necessidade de buscar um sentido.Como disse um estudioso, Hillel: (1) se eu não fizer o que posso fazer, quem o fará? (2) Se eu fizer pensando só em mim, quem eu me tornarei? (3) Se não fizer agora, a oportunidade passa, pode passar.
Ao olhar para trás – em uma hipótese, em um jogo de imaginação – se eu chegar aos 120, aos 80 ou mais anos, o que quero ver? Ao olhar para frente, como quero me colocar, quais esperanças, quais pensamentos, qual o meu legado, o que buscar? Quais treinamentos posso buscar para chegar onde quero chegar, e viver com qualidade e sentido hoje? Onde posso navegar respeitando o que tenho de mais próprio, e estando em sociedade?
[simple-author-box]
Deixe um comentário