Na Terra Indígena Yanomami, situada nos estados de Roraima e Amazonas, mais de 20 mil garimpeiros se instalaram ilegalmente atrás de ouro. O governo atual diz ter realizado mais de 3,5 mil operações de segurança para a expulsão dos invasores. Na área da saúde, o território vai ganhar um hospital, em fase inicial de construção, para atender a população indígena, estimada em 31 mil.
“Hoje eu estou dormindo bem porque eu vejo o meu povo retornando, as crianças voltando a andar bem… Porque a criança, quando está desnutrida, doente, não consegue nem chorar. Hoje as crianças correm, brincam, ouvem bem o som que vem da floresta, o barulho dos pássaros, os sons do ar”, diz o líder indígena em entrevista.
DW: Passados dois anos desde que a crise humanitária enfrentada pelos Yanomami foi exibida ao mundo depois de tantas denúncias feitas por vocês, como está hoje a situação?
Junior Yanomami: Hoje estamos respirando e com uma nova energia. Com um novo ar na floresta, de que estamos nos recuperando. O atual governo devolveu o nosso direito que o governo Bolsonaro tirou. O atual governo devolveu o direito para a população Yanomami, o bem-estar e a esperança.
Estamos agora nos organizando para retornarmos os nossos rituais, fazer rituais fúnebres daqueles que perdemos de 2020 até 2022. Queremos enterrar em paz aquelas crianças que perdemos, sem adoecer, chorar tranquilo, fazer a despedida. Aquelas crianças que se foram, que faleceram por falta de medicamento, por falta de cuidado do governo.
Como está hoje o controle da malária e a saúde das crianças?
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