Ex-jogador e atual gestor desportivo do Athletico, Paulo Miranda falou com a imprensa após o rebaixamento do clube no ano do centenário. Em indireta, o dirigente deixou claro que existe uma persona non grata para a atual diretoria.
“Dentro de um castelo, quando existe qualquer porco que entra dentro, ele vai fazer […]. Depois, para limpar, é muito difícil”, disparou.
Questionado pela Rádio Transamérica Curitiba se a declaração foi para o ex-técnico Cuca, Miranda negou e tentou desconversar com a responsabilidade de fazer com que o Athletico retorne para a Série A em 2026.
“Não, o Cuca é um cara que é meu amigo. Isso não vem de agora. Isso vem de mais de um tempo. Quando acontece isso, faz parte. Temos que subir ano que vem”, disse.
“Absurdo falarem do Petraglia”
O gestor desportivo, que é a principal ligação entre o vestiário e a diretoria, também fez questão de defender o presidente Mario Celso Petraglia.
O mandatário está afastado do dia a dia por problemas de saúde desde 2023, mas sofre com a rotina de exames desde uma cirurgia feita em 2019. Considerado como o maior dirigente da história do Athletico, Petraglia está isento do rebaixamento, pelo menos para Paulo Miranda.
“Pelo amor de Deus, o Petraglia faz falta em qualquer momento. Faz quatro anos que esse cara está sofrendo com essa situação. Eu acho um absurdo as pessoas falarem que o Petraglia é isso ou aquilo. Ele vem todo esse tempo com uma condição muito ruim e sabemos disso. Agora é má gestão? A equipe que conquistou tudo. Não, para com isso. Agora os oportunistas querem chegar e meter o pau”, rebateu.
“Por que ele errou? A questão não é ele que errou, nós erramos. Nós estávamos presentes no dia a dia. Cada clube que tem vários treinadores, é impossível. É o Brasileiro, é muito forte. Erramos em vários jogos e não conseguimos sair dessa situação. É um desabafo porque dói. Eu sei o que aconteceu”, completou Paulo Miranda.
“A vida continua”, diz Miranda
No Athletico há oito anos, Paulo Miranda estava emocionado ao conceder entrevista. Ele reconheceu que faltou qualidade para o elenco se afastar da zona de rebaixamento. Segundo o gestor desportivo, o clube precisa ter paciência e controle após a queda.
“Já choramos, é triste, mas a vida continua. Serve de lição para os meninos e para mim, que nunca tinha vivido essa situação. Ninguém deixou de correr ou dar um carrinho. Talvez faltou um pouco de qualidade e inteligência, isso faz parte do futebol. O Athletico caiu no ano do centenário e agora é ser forte para voltar no próximo ano”, finalizou.
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