A criança é um ser divino, a representação maior da existência de Deus. A manifestação mais bela da vida. A criança em sua pureza vive plenamente a liberdade, brinca, corre, salta, é um ser iluminado, doce e sensível. É o sonho que nunca deixamos de sonhar, é o futuro que esperançamos.
Falar desse tema me traz uma grande alegria, mas também me consterna muito. Somos experiências que acumulamos no decorrer do tempo e neste texto trago uma experiência pessoal que deixou algumas marcas no meu coração.
Trabalhar para empresas é uma troca de serviço, mão de obra por remuneração. No entanto devemos na medida das possibilidades trabalhar não só pela remuneração, mas junto a ela com objetivo.
Trabalhei no Hospital da Baleia, meu empregador era a FBG. Ali eu exercia controle de custos, precificação, apuração de metas por indicadores e fazia parte de um grupo de trabalho multidisciplinar que estudava possibilidade de melhorias nos processos para redução de custo e aumento da qualidade. Até aqui os trabalhos são matemáticos, troca de capacidade técnica por remuneração. Mas o Hospital além de cirurgias eletivas de convênios, particulares, e SUS também faz o tratamento de câncer, adulto e infantil.
Vidas são vidas, mas quando tratamos vidas de crianças o cuidado e a proteção devem ser redobrados. E no Hospital da Baleia de fato são (ou eram) estou falando sobre 2008. Os profissionais que trabalham na área infantil são pessoas boas, preocupadas com a qualidade no tratamento, desde o acolhimento ou ingresso até a alta médica.
O meu objetivo sempre foi fazer parte do processo para alta médica por recuperação. Vivi muitas alegrias vendo crianças curadas, mas também grandes tristezas vendo-as partir… Essas feridas já se fecharam, ficaram apenas cicatrizes.
Neste dia, 23 de novembro, comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, razão deste texto.
Que neste dia nos lembremos do que são as crianças que as acolhamos, as cuidemos que as protejamos.
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