O ano começou promissor para os nossos times, mas mês a mês, jogo a jogo, campeonato a campeonato, o panorama foi mudando e assistimos a um triste fim de feira do futebol paranaense.
Poderia ter sido menos doloroso, mas o Athletico fez tanta coisa errada, dentro e fora do campo, logo no ano em que comemora o seu centenário de fundação, que a torcida acabou assimilando o vexame do rebaixamento. Basta recordar dos últimos jogos na Ligga Arena superlotada, com o irregular Fluminense e o combalido Bragantino, em que a equipe de Lucho González desperdiçou as chances de ganhar mais um pontinho salvador por absoluta incompetência tática, técnica e emocional.
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Agora não temos um representante na Série A – 34 anos depois – e contamos com três na Série B. O Operário realizou uma campanha regular, mas insuficiente para subir, o que deixou a sua torcida frustrada, especialmente, nas partidas em que perdeu pontos dentro de Vila Oficinas, o santuário do Fantasma dos Campos Gerais. Mas as falhas foram mais dos jogadores do que do treinador Rafael Guanaes, que cumpriu bom trabalho no comando do time ponta-grossense.
A maior decepção na Série B foi o Coritiba, que mudou demasiadamente de executivos e treinadores durante a temporada e não foi feliz na composição do elenco. Creio que se Jorginho tivesse sido contratado antes, ali pela metade do turno, talvez a sorte mudasse. Mas o próprio Mozart, que foi uma ótima contratação, afinal, colocou o modesto Mirassol na elite do futebol brasileiro, sabe que terá muitos desafios pela frente para recompor a competividade do Coxa no próximo campeonato.
Quanto ao Athletico, a sua apaixonada e fiel torcida está apreensiva com o futuro, afinal, seguem os mesmos dirigentes que cometeram tantos equívocos no troca-troca quase insano de cinco treinadores e o número excessivo de contratações erradas.
Sempre considerei até 20% aceitável em contratações erradas, mas nesta temporada o percentual foi extravagante e, em última análise, tornou-se determinante para o papelão da queda exatamente no ano do centenário, mesmo com o clube dispondo de milhões em caixa para tentar consertar o time com contratações de reforços na janela. Algo inexplicável.
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