Historicamente vivemos em um país que sofre com falta de terras para moradias e produção agrícola. E a desinformação proposital dos órgãos de governo dificulta ainda mais as políticas públicas de apropriação destinação de terras improdutivas, isso porque o último censo do IBGE é de 2006…
Ao buscar estatísticas de uso da terra e terras improdutivas no Brasil na internet nada de consistente encontramos.
De acordo com o site: https://www.camara.leg.br/noticias/60368-incra-mais-de-133-milhoes-de-hectares-sao-improdutivos/ (acesso em 29/11/2023)
Encontramos a seguinte informação:
Incra: mais de 133 milhões de hectares são improdutivos
10/03/2005 – 11:09
O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, apresentou há pouco dados do Instituto que indicam que a maioria das grandes propriedades rurais do Brasil é improdutiva. Segundo ele, em 2003, o País possuía 58.329 grandes propriedades improdutivas. O que equivale a 133,8 milhões de hectares.
Em contrapartida, os minifúndios somam apenas 9,3% do total da área produtiva.
Rolf Hackbart está depondo na Comissão Parlamenta Mista de Inquérito (CPMI) da Terra, na sala 2, da ala Nilo Coelho, no Senado Federal.
Reportagem – Francisco Brandão
Edição – Natalia Doederlein
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência)
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Fonte: Agência Câmara de Notícias
Evidentemente o direito da propriedade deve ser garantido pelo poder instituído no Brasil, não há o que se falar em invasões, mas há o que se questionar sobre transparência e políticas de distribuição de terras improdutivas para as pessoas que são sem terra e sem teto.
Fala-se muito na defesa das propriedades e nas quedas de invasões de um governo em detrimento de outro, mas a informação que mais relevante, ou seja, os números do combate das desigualdades esses não aparecem.
Cada vez mais temos a sensação que os movimentos de falta de propriedade são de interesse dos agentes políticos, afinal, uma população sem acesso aos direitos básicos de saúde, segurança e educação é uma população vulnerável e de mais fácil manipulação ideológica partidária. Uma massa de manobra.
Triste realidade que mesmo com a mudança tímida dos parlamentares essa pauta da reestruturação fundiária não avança para o desenvolvimento agrário, social e econômico do nosso país.
Falta informação, desenvolvimento humano e, sobretudo BOM VONTADE política para que avancemos na distribuição de terras e de renda. A propósito hoje o Estatuto da terra completa 59 anos…
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