O país e a cidade já enfrentam uma onda enorme de desemprego, grande parte disso reflexo da pandemia que desacelerou a economia. As empresas perceberam que os custos operacionais dos trabalhadores administrativos foi reduzido com home Office. Com isso somado ao advento da tecnologia das telecomunicações as empresas passaram a controlar, muitas vezes de forma abusiva e invasiva, as atividades dentro das casas das pessoas através de câmeras e de áudios.
Além disso, passaram também a controlar as atividades através se softwares de monitoramento de metas. Essas tecnologias permitiram que menos pessoas fizessem o trabalho de mais pessoas o que ocasionou demissões por todo país.
O governo para “ajudar” criou projetos de “empregabilidade”. Um crime contra a população! Explico: Ao suspender o trabalho sem demissão o governo garante que o empregado tenha o dobro do tempo da suspensão em estabilidade. Entretanto as empresas estão desobrigadas a efetuar os pagamentos de INSS, FGTS, férias e décimo terceiro proporcionais ao tempo de suspensão.
Ainda que justo o não recolhimento de férias proporcionais a esse período e também do FGTS o INSS deveria ser recolhido normalmente (essa seria a contrapartida empresarial maior para o país). Cria-se neste ponto, do não recolhimento do INSS, uma injustiça social enorme, pois, o indivíduo suspenso, principalmente o mais idoso, terá que trabalhar a mais o tempo em que ficou em suspensão para poder se aposentar. RESSALTA-SE que também houve suspensões de trabalho em atividades braçais, ou seja, penalizando ainda mais o trabalhador idoso. Mais uma vez quem dá a contribuição de trabalho para superação do momento de crise é a parte mais vulnerável da relação de emprego.
Já o empresariado levanta a bandeira do empreendedorismo e da “ajuda” ao Brasil. Atestado de hipocrisia homologado pelo Governo.
Enfim, apesar do primeiro parágrafo delatar o desaceleramento da economia é importante ressaltar que grandes empresas não quebraram com a pandemia, continuaram normalmente suas atividades, já empresas menores sucumbiram. Numa lógica mercadológica quanto menos concorrência melhor para as grandes empresas. Longe de o texto ser comunista, mas a luz do entendimento é preciso evidenciar que essa medida teve como objetivo único aumentar o abismo social que vivemos desde sempre. Os mais favorecidos foram a minoria empresarial e os menos favorecidos os mais vulneráveis, ou seja, a maioria da população.
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