O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou desconhecer a quantidade de mortos deixados pela Operação Verão, na Baixada Santista. Segundo números oficiais, são 56 óbitos confirmados, sendo que as famílias das vítimas fazem várias acusações sobre a brutalidade policial — que incluem prisões injustificadas e intimidações até mesmo em sepultamentos.
“Nem sabia que eram 56 (mortos), não faço essa conta. Infelizmente são 56. Para mim, o ideal é que não fosse nenhuma, mas, no mundo real em que a gente vive, a negligência do combate ao crime organizado no Brasil e no estado de São Paulo chegou num ponto que qualquer viatura policial vai sofrer disparo de arma de fogo”, disse Derrite, que, na sequência, desafiou o jornalista que o indagara sobre as mortes.
“Aliás, o senhor mencionou 56 e talvez tenha se esquecido de mencionar os policiais que faleceram cumprindo sua missão. Nós perdemos o soldado Cosmo, Patrick Reis, o cabo Silveira… O sargento Guilherme, que perdeu um olho, ficou internado muito tempo na Santa Casa”, emendou. A Operação Verão foi concluída na segunda-feira.
Enquanto Derrite defendia a ação policial, circulavam nas redes sociais imagens de uma abordagem violenta em Piracicaba (SP), em que policiais militares agridem um cadeirante. O homem estava dentro da própria casa e tentou proteger o filho, que segundo antes tinha sido abordado por agentes da Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam).
O rapaz bebia cerveja na porta de casa, quando foi abordado pelos PMs por causa de uma moto supostamente sem placa. O homem resistiu e tentou proteger-se dentro de casa. Foi perseguido pelos agentes até que o pai, cadeirante, interveio e foi agredido.
Segundo o comando da PM, os agentes que participaram da agressão foram afastados das funções.
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