O número de pessoas diagnosticadas com febre Oropouche no Brasil chegou a 7.848 casos. A informação é do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, atualizado nesta terça-feira (27/8).
Originário da doença, o Amazonas segue concentrando o maior número de casos (3.230), seguido de Rondônia (1.710) e Bahia (886). Distrito Federal, Goiás, Paraná e Rio Grande do Norte seguem sendo as únicas unidades federativas que não registraram nenhum infectado.
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Até então, o arbovírus Orthobunyavirus oropoucheense era comum somente na região Amazônica. Neste ano, no entanto, um surto epidemiológico fez os números ficarem quase dez vezes maior – em 2023, foram apenas 831 casos.
Assim como outras arboviroses (dengue, zika, chikungunya), a Oropouche é transmitida por um mosquito, chamado de “maruim”, e provoca sintomas similares à dengue. Os mais comuns são: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Isso pode ser um desafio na hora do diagnóstico.
O Brasil foi o primeiro país no mundo a confirmar morte pela Oropouche, que também existe nos outros países das Américas. Duas mulheres, com menos de 30 anos, moravam no interior da Bahia e não tinham comorbidades. Os sintomas apresentados por elas eram semelhantes aos de um quadro grave de dengue.
O Ministério da Saúde investiga ainda se quatro casos de aborto espontâneo e dois de microcefalia em bebês têm relação com a febre Oropouche. Os registros foram em Pernambuco, Bahia e Acre. Esse esforço de apuração busca saber a extensão dos danos à saúde que podem ser provocados pela doença.
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