O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou, na terça-feira (2/4), que desconhece a quantidade de mortos deixada pela Operação Verão, finalizada na segunda (1º). “Olha, eu nem sabia que eram 56 (mortos), eu não faço essa conta. Infelizmente são 56. Para mim, o ideal é que não fosse nenhuma, mas no mundo real em que a gente vive, a negligência do combate ao crime organizado no Brasil e no estado de São Paulo chegou num ponto que qualquer viatura policial vai sofrer disparo de arma de fogo”, disse Derrite, durante agenda junto ao prefeito Ricardo Nunes (MDB).
A tradicional ação policial ocorre durante o verão no litoral paulista. Neste ano, durou quatro meses e chegou ao fim somando 56 mortes, 1.025 suspeitos presos, sendo 438 procurados pela Justiça e 47 menores apreendidos, como apontou a pasta. Segundo a Polícia, as mortes eram de suspeitos de crimes que teriam atirado em direção aos agentes, que reagiram.
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Familiares das vítimas, no entanto, denunciaram às entidades de defesa dos direitos humanos que civis foram executados pelas forças de segurança e que agentes teriam comparecido aos velórios, como forma de intimidação. Além disso, funcionários de unidades de saúde acusam os policiais de levarem mortos aos hospitais para receber socorro, atrapalhando possíveis perícias.
Questionado sobre a violência policial, Derrite citou a morte de agentes atingidos. “Aliás, o senhor mencionou 56 e talvez tenha se esquecido de mencionar os policiais que faleceram cumprindo a sua missão. Nós perdemos o soldado Cosmo, Patrick Reis, o cabo Silveira, o sargento Guilherme, que perdeu um olho, ficou internado muito tempo na Santa Casa.”
Apesar do fim da Operação Verão, o governo de São Paulo anunciou o reforço no efetivo da Baixada Santista com 341 policiais designados para atuar permanentemente na região.
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