Desde há muito tempo, o povo judeu compreendeu o valor terapêutico e libertador do senso de humor, da risada, da brincadeira. “Rir é o melhor remédio” é um adágio e um tópico da revista “Seleções do Readers Digest”, e aposta nesta solução e terapia.
Viktor Frankl (sobrevivente de campos de concentração nazistas, cuja memória inspirou e inspira muito) testemunhou que manter um senso de humor proporciona um caminho de alívio e libertação, uma forma de autodistanciamento diante de situações de dor.
Na América Latina, as crianças e adolescentes de povos andinos utilizavam o senso de humor para suavizar relacionamentos, e negociar possibilidades nos contextos de conversas. O humor contribuiu também para sobreviver diante de situações políticas complexas.
Rir alivia.
Frankl combinou com um colega e amigo, durante seu tempo como prisioneiro em campos de concentração, que iriam inventar uma piada a cada dia, para poderem rir. Rir permitia se elevar, se distanciar por alguns momentos da dura realidade, respirar fundo, relaxar, fortalecer-se, e seguir adiante.
Rir de si mesmo, com o cuidado de se valorizar. Rir de situações. Cuidar de si, e respeitar sua própria dignidade. Rir juntos, construindo amizade e laços. Mas rir sem debochar.
Raciocinar, avaliar situações com clareza. Mas ao rir, dar menos peso a situações difíceis – na medida do possível, e com respeito e sensatez. Ao mesmo tempo, valorizar a capacidade do ser humano de se superar, e ir além. Sua liberdade para escolher uma melhor atitude, um caminho bom.
Dizer um novo sim à vida a cada dia.
E com isto compreendemos também o valor das produções culturais, teatro, música, artes plásticas, literatura, do cantar, das festas entre amigos.
Para se elevar e enriquecer a vida, Um brinde à vida!
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