Ao menos três fisiculturistas brasileiros morreram por complicações de saúde desde o início de 2024. O caso mais recente foi o de Matheus Pavlak, 19 anos, que morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória em casa, em Blumenau (SC). O corpo do atleta de fisiculturista foi enterrado na segunda-feira (2/9).
Em junho, a fisiculturista Cíntia Goldani morreu aos 37 anos por complicações de uma pneumonia bacteriana, choque séptico e sepse pulmonar. A morte de Cíntia ocorreu no dia 26 daquele mês, dias antes do Musclecontest International, uma das principais competições do segmento de fisiculturismo.
Em agosto, o atleta Antônio Leso Brás de Souza, 26 anos, morreu após sofrer uma parada cardíaca depois de se apresentar no evento Navega Open, em Santa Catarina. Natural do Amazonas, o jovem havia viajado para a região Sul com o intuito de competir, mas passou mal e acabou morrendo.
O nutricionista brasiliense Rodrigo Góes, conhecido por analisar o físico de celebridades nas redes sociais utilizando o bordão “fake natty”, afirmou que as federações de fisiculturismo devem fazer conscientizações sobre os efeitos colaterais do uso dos esteroides anabolizantes.
“Precisamos fazer com que as mortes no esportes diminuam. Muitos usuários ignoram os efeitos colaterais porque estão hipnotizados pelo shape (boa forma física)”, disse.
Góes defende que as pessoas esperem completar 25 anos para decidir se vão utilizar anabolizantes — o que o nutricionista chama de “suco”. O especialista também destacou que o acompanhamento médico, por meio de exames de sangue e do coração, é muito importante na jornada de um atleta.
“A dose de reposição de hormônios é de 100 a 150 mg por semana, esses atletas usam de 10 a 20 vezes mais do que o ideal. Essa é a realidade do bodybuilding (fisiculturismo). Nenhum jovem e adolescente deveria estar se entregando ao suco”, pontua Góes.
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