Em 2023, o aumento global da capacidade de energia limpa – solar, eólica e outras – bateu um novo recorde, com a maior taxa de crescimento das últimas duas décadas, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA). Muito disso se deveu ao crescimento explosivo da indústria de painéis solares, principalmente na China.
Desde 2000, a parcela de fontes renováveis no total da matriz elétrica global saltou de 19% para 30%, de acordo com um relatório divulgado em maio deste ano pelo think tank Ember. A análise prevê que a geração elétrica por combustíveis fósseis provavelmente atingirá seu pico neste ano.
“Este é um ponto de virada crítico: as tecnologias ultrapassadas do século 20 já não podem mais competir com as inovações exponenciais e as curvas decrescentes dos custos de geração e armazenamento de energias renováveis”, pontua no relatório da Ember Christiana Figueres, ex-chefe de negociações climáticas da ONU.
O investimento em renováveis segue em tendência de alta, com os custos de geração de energia limpa caindo e o número de veículos elétricos aumentando consistentemente ano após ano. Especialistas preveem que, até 2030, carros elétricos responderão por entre metade e dois terços de todas as vendas.
Em 2023, o investimento em tecnologias limpas superou pela primeira vez os valores aportados em combustíveis fósseis, e deve bater a marca dos 2 trilhões de dólares (R$ 11,6 trilhões) neste ano, enquanto gás, petróleo e carvão somarão pouco mais de 1 trilhão de dólares (R$ 5,8 trilhões), segundo o relatório World Energy Investment 2024 da IEA.
Seria esse o começo do fim dos combustíveis fósseis?
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