A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou seis pessoas envolvidas em complexo esquema de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa em Juiz de Fora. Foram quatro meses de investigação sobre a quadrilha na operação “Ouro de tolo”, que apurou os crimes contra 11 idosos e uma pessoa com transtorno mental. O grupo atuava em diversas cidades do Brasil e causou um prejuízo estimado em R$5 milhões ao longo de cerca de dois anos.
Os investigados são quatro mulheres e dois homens com idades entre 30 e 47 anos, que estariam se organizando em três núcleos diferentes e atuavam de forma coordenada em diferentes cidades brasileiras. Eles se dividiram entre o núcleo bancário, o núcleo de falsidade ideológica e o núcleo do golpe de financiamento de veículos.
O núcleo bancário do grupo criminoso contava com a ajuda de funcionários de um banco no centro de Juiz de Fora. Eles visavam como vítimas pessoas vulneráveis, se aproveitando de indivíduos com deficiência mental e física, incluindo uma pessoa temporariamente cega. Os líderes da quadrilha, então, atraíam as vítimas até a agência com a falsa promessa de renegociação de dívidas. No local, com a cumplicidade dos funcionários, faziam novos empréstimos sem o consentimento das vítimas, que tinham seus cartões de benefícios retidos.
Parte da quadrilha também inseria dados falsos no sistema bancário, realizando portabilidade de contas e aprovação de créditos sem que as vítimas soubessem. Os outros criminosos, em parceria com funcionários de uma loja de veículos em Mogi das Cruzes (SP), usavam dados bancários de pessoas de Juiz de Fora para financiar carros em nome de terceiros. Esses veículos eram revendidos com preços bem abaixo do mercado, enquanto as parcelas do financiamento não eram pagas.
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Investigações seguem para identificar novas vítimas
As investigações da PCMG continuam para identificar novas vítimas e desdobramentos da organização criminosa. De acordo com a delegada Bianca Mondaini, todos os núcleos foram desarticulados e os envolvidos indiciados por estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa. “Se condenados, os investigados, que por enquanto aguardam o processo em liberdade, podem enfrentar uma pena de até 29 anos de prisão”, afirmou a delegada.
Com a divulgação do caso, a Polícia Civil entende que outras vítimas podem surgir. A orientação é que procurem a 5ª Delegacia de Polícia Civil (Rua Nossa Senhora de Lourdes, 373, bairro Nossa Senhora de Lourdes).
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