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Protetora Kátia Franco quer cooperação de bancada feminina e não vê barreira ideológica

A Rádio Transamérica entrevistou, nesta quinta-feira (7), Protetora Kátia Franco (PSB), na série com os vereadores eleitos em Juiz de Fora. Ela vai para o segundo mandato, após receber 3.778 votos.

Transamérica: Em quem a senhora pretende votar para a Mesa Diretora da Câmara?

Protetora Kátia Franco: A gente está conversando com o Zé Márcio Garotinho (PDT), para que continue o mandato, porque ele fez um trabalho muito bom e também vai ter a mudança para o Fórum e ele já está engenheiro, então ele já tem essa ligação aí. A gente pensa em continuar o apoio com ele.

Transamérica: Virou lei, em maio do ano passado, um Projeto de Lei da senhora que autoriza o Executivo a criar o Hospital Veterinário Municipal. Como anda a implementação desse projeto?

Protetora Kátia Franco: Ela está bem avançada. A gente já conseguiu com o Executivo o local colocar o Hospital Veterinário. E a gente está buscando os recursos. Estivemos em Brasília e estava bem encaminhado. Mas como estava em período eleitoral, fica tudo mais difícil. Então, agora  já vamos voltar para poder começar novamente a correr atrás.

Transamérica: Falando sobre protetores, tivemos a votação recorde do Vitinho (PSB). A senhora acredita que a eleição dele pode fazer a senhora perder o protagonismo na defesa da causa animal dentro da Câmara?

Protetora Kátia Franco: Não. Eu acho que isso aí a gente começa a juntar. Porque agora vamos ter mais força lá na causa animal. Porque nunca se perde força quando a gente se une para fazer uma coisa em prol da cidade, em prol da população e da causa animal. Então, nada a gente perde. Eu acho que só temos a ganhar porque quanto mais a causa animal começa a ser reconhecida, mais os animais começam a ganhar. Não somos nós. Quem está em protagonismo aí são os animais. E com essa votação e com o reconhecimento, quem ganha são os animais. Eles que são os protagonistas.

Transamérica: Você tem algum projeto que pretende implementar agora nessa nova legislatura?

Protetora Kátia Franco: O que queremos fazer agora é começar a colocar em prática, porque a gente tem muitos projetos. Porque a gente faz as leis, mas muitas leis ficam ali paradas. Então, agora queremos cobrar do Executivo a fiscalização, toda a parte mesmo efetiva das leis que a gente colocou. Por exemplo, tem uma lei que eu já conversei lá na Sesmaur (Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas), que é a dos animais em gaiolas na loja. Semana passada aconteceu um fato muito triste, que foi um coelhinho morrer dentro de uma loja onde estava vendendo. E a lei é muito específica na forma onde o animal tem que ficar alojado para se vender. A gente não pode proibir, mas tem diretrizes que as lojas têm que obedecer. Então, esses tipos de lei a gente quer colocar em prática.

Transamérica: A senhora propôs em junho, e ainda está tramitando, um projeto que restringe a circulação dos cães de raças “sabidamente de ataque e comportamento bravio”. Existe essa classificação inerente a algumas raças de cães?

Protetora Kátia Franco: Se você criar ele bravo, você vai ter um poodle bravo e você vai ter um pitbull super manso. Então, o que faz o animal ser agressivo ou não, não é o animal, é o tutor. Mas, infelizmente, por conta do tutor, esses animais precisam de ter alguma restrição. Então, não é restringir o espaço que o animal tem que andar. É restringir nessa parte de andar com corrente, porque a gente tem muitos fatos na cidade de agressões de ataques com pessoas, com outros animais. 

Transamérica: E aí como seriam definidas essas raças que são de comportamento sabidamente bravio? Existe alguma forma de determinar?

Protetora Kátia Franco: Geralmente, pitbull, rottweiler, o dobermann, que quase já não tem mais. Mas seriam mais essas raças específicas que a gente está vendo recorrentemente na mídia, que estão sendo de ataques, que atacam crianças, animais, não por conta da raça, por conta do tratamento que o tutor passa para esses animais, porque os animais não têm culpa. O culpado mesmo de ataques é a criação que o tutor passa.

Transamérica: Em matéria sobre a sub-representatividade feminina na Câmara, a senhora falou que as políticas voltadas para mulheres serão prioridade sua. Quais projetos a senhora vai apresentar para concretizar essas ações agora?

Protetora Kátia Franco: A gente vai se juntar com as mulheres que estão lá, para a gente poder fazer uma bancada feminina, para ver onde está mais falho e desenvolver um projeto que não fique só no papel. Porque tem vários projetos femininos que já existem, mas que às vezes não têm efetividade. Então a gente precisa resgatar alguns que sejam bons para colocar em prática e fazer junto com a bancada feminina ali. Porque agora são mais mulheres, mas com a quantidade de vereadores, acabou que não aumentou. No fundo, diminuiu. Mas vão ter mais cabeças para pensar nos projetos que realmente as mulheres precisam.

LEIA TAMBÉM: Cida Oliveira espera ‘grandes embates ideológicos’ na Câmara

Transamérica: Com as diferenças de ideologia que estão ali nessa bancada feminina, como a senhora enxerga que poderia ser esse diálogo?

Protetora Kátia Franco: O que eu penso é que o problema existe, independente de ideologia ou não. Então, independente de ideologia, os problemas estão ali e as leis vão ter que ser criadas a partir dos problemas que têm. Eu acho que a ideologia ali tem que ficar um pouquinho para trás, porque a gente tem que pensar na realidade e no problema que tem.

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