O Ministério da Cultura (MinC) e o Banco da Amazônia fecharam, ontem, em Belém, os primeiros contratos do programa Rouanet Norte. Serão investidos R$ 24 milhões e a iniciativa visa incentivar 125 projetos culturais da Região Amazônica. São 14 iniciativas do Amapá, 14 do Acre, 33 do Pará, 20 do Tocantins, 15 do Amazonas, 14 de Roraima e 15 de Rondônia.
O Rouanet Norte foi concebido para atender a uma antiga demanda: a necessidade de descentralizar os recursos da Lei de Incentivo à Cultura. O programa foi lançado em novembro de 2023 e é uma colaboração entre o Banco da Amazônia, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e os Correios.
Os R$ 24 milhões no Rouanet Norte garantem um volume de recursos para uma região historicamente desassistida. O programa foi proposto pelo secretário Henilton Menezes, de Economia Criativa e Fomento Cultural do MinC, como uma ação para a descentralização dos recursos culturais.
“Esperamos que essa iniciativa inspire outras empresas a reconhecerem a importância de nacionalizar os recursos destinados à cultura”, observou Menezes. A participação de quatro empresas financiadoras da Lei Rouanet é inédita e demonstra o compromisso com o desenvolvimento cultural da Amazônia.
Segundo Geraldo Monteiro Júnior, analista de patrocínio do Banco da Amazônia e membro avaliador do programa, “o objetivo é democratizar o acesso às manifestações artístico-culturais na Região Amazônica, fortalecendo as cadeias produtivas do setor cultural. As propostas contempladas abrangem uma ampla gama de linguagens artísticas, incluindo artes cênicas, música, artes visuais e literatura”.
À cerimônia estiveram presentes o presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa — que salientou que as parcerias institucionais ampliam a circulação da produção cultural e fortalecem a política cultural da instituição —, e a ministra Margareth Menezes (Cultura).
Centro cultural
Além da assinatura dos contratos, foi celebrado um protocolo de intenções entre o Banco da Amazônia e o MinC, pelo qual a ideia é desenvolver ações integradas de cooperação técnico-científica e cultural. Isso serve para promover o intercâmbio de conhecimento para fortalecer o setor cultural da Região Norte. Trata-se de um ponto de partida para a criação do primeiro Centro Cultural do Banco da Amazônia na região, a ser instalado na capital paraense.
Ruth Helena Lima, gerente da Central de Marketing e Comunicação do banco, destaca a criação do centro cultural como uma ação importante. “Nosso objetivo é expandir essa iniciativa para outros estados onde atuamos. Queremos fazer a diferença na vida das pessoas, promovendo mais cultura, emprego e renda para a região”, salientou.
O protocolo para o centro cultural estabelece algumas diretrizes — como a promoção da democratização do acesso às cadeias produtivas culturais e o apoio à produção artística.
*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi
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