A Prefeitura de Porto Alegre determinou o racionamento de água e restringiu o uso do recurso na capital gaúcha. O prefeito Sebastião Melo (MDB) disse que a situação é necessária devido ao desligamento de uma estação de tratamento durante a tarde desta segunda-feira (6/5). Cerca de 80% da população está desabastecida pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE).
A previsão da área técnica do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) é que o alagamento se estenda parcialmente e que chegue à altura da rua Lima e Silva. A recomendação é que os comércios e pessoas que moram em andares mais baixos se protejam.
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O documento do DMAE ressalta que atividades como “lavagens automotivas, lavagem de calçadas e fachadas, rega de jardins e gramados, salões de beleza, clínicas estéticas, academias, banho e tosa de animais” devem ser evitadas.
“Estamos vivendo um desastre natural sem precedentes em Porto Alegre e no Rio Grande, e todos precisam contribuir. O desabastecimento é real e levará tempo até ser retomado com regularidade. Estamos buscando alternativas em diferentes frentes, mas a consciência de cada cidadão é decisiva para não piorar o cenário”, comentou o prefeito.
Em coletiva, Melo também voltou a pedir que a população deixe a cidade e aguarde a normalização dos serviços públicos após a redução da enchente. Uma das maiores preocupações do Executivo municipal é com o desabastecimento de água potável, já que com a suspensão do fornecimento de energia em diversas regiões, diversas estações do sistema de tratamento e abastecimento estão paradas.
O nível da inundação do Lago Guaíba segue em estabilidade nas últimas 24 horas, registrando o nível de 5,3 metros. Apesar do sistema de proteção contra cheias ter sido planejado para evitar inundações de até 6 metros, com a ruptura de uma comporta e infiltrações boa parte da cidade sofre com a situação.
A tragédia no Rio Grande do Sul já deixou 85 mortos, segundo boletim da Defesa Civil. As autoridades contabilizam 339 feridos, 134 desaparecidos e mais de 201 mil pessoas estão fora de casa, sendo 153.824 desalojados e 47.676 em abrigos públicos.
As chuvas, que provocaram inundações na maior parte do Rio Grande do Sul, já deixaram 390 municípios em situação de emergência.
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