Novas Cobranças Entre a Capital e Confins Geram Debate
Atualmente, há um projeto de concessão de rodovias na região metropolitana de Belo Horizonte, que prevê a instalação de 13 praças de pedágio. No trajeto entre Belo Horizonte e o Aeroporto de Confins, algumas rodovias como a MG-010 e a MG-424 terão pontos de cobrança. As tarifas estimadas variam entre R$ 1,66 e R$ 5,04, dependendo da localização e do trecho percorrido.
Os pedágios serão distribuídos em diversos pontos estratégicos, como nos acessos entre Belo Horizonte, Vespasiano, Lagoa Santa, Jaboticatubas, São José da Lapa, Pedro Leopoldo e Matozinhos. Na rodovia MG-010, por exemplo, haverá cobranças nos trechos entre Belo Horizonte e Vespasiano, entre Vespasiano e Lagoa Santa, e em outros pontos até Santana do Riacho. Já na MG-424, os pedágios estarão presentes entre Vespasiano, São José da Lapa, Confins e Pedro Leopoldo.
A proposta de concessão prevê investimentos de cerca de R$ 5 bilhões ao longo de 30 anos, com o objetivo de melhorar a infraestrutura, duplicar pistas e aumentar a segurança viária. No entanto, essa iniciativa tem gerado polêmica. Um grupo de deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para proibir a instalação de pedágios nas rodovias que interligam municípios da região metropolitana.
O governador Romeu Zema defende a concessão e a cobrança dos pedágios, argumentando que essa medida é necessária para garantir investimentos privados e melhorar as condições das estradas. Ele classifica a PEC como uma tentativa de impedir o desenvolvimento da infraestrutura. Por outro lado, parlamentares e setores da sociedade argumentam que os pedágios afetarão diretamente os trabalhadores que dependem dessas rodovias diariamente, aumentando os custos de deslocamento.
O debate segue em andamento, com ampla participação da sociedade e das autoridades responsáveis, enquanto se avaliam os impactos financeiros e estruturais dessa concessão para os moradores e usuários das rodovias.
