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O pior Athletico dos últimos tempos confirmou sua humilhação

Não sei exatamente se foi há quatro ou cinco meses atrás que afirmei que o atual Athletico é o pior dos últimos tempos. Pouco importa, pois o alerta não serviu para nada, assim como tantos os outros diante da prepotência e ignorância futebolística que caracteriza a diretoria do clube.

Neste Athletico, mais importante do que ser campeão é fechar o ano com um balanço financeiro positivo, afinal o futebol é um grande negócio, sempre foi um grande negócio na visão do presidente Mario Celso Petraglia. O problema são os jogos e, sobretudo, a torcida que cobra vitórias e conquistas.

+ Ídolos históricos vão da glória ao calvário do rebaixamento pelo Athletico

Houve um pouco de tudo nesses últimos trinta anos no Furacão. Acertos, erros, alegrias,
tristezas, discussões, brigas, dissidências, revelações de craques, títulos importantes e,
principalmente, a solidificação patrimonial com o mais moderno CT do país e a mais avançada Arena do país.

Mas ninguém esperava um vexame tão expressivo logo no ano da comemoração do centenário, como essa humilhante queda para a Segundona do Campeonato Brasileiro.

Lamentavelmente, confirmou-se a minha previsão: o pior Athletico dos últimos tempos
confirmou o rebaixamento. E foi de forma ridícula, pois conseguiu perder oito pontos na fase decisiva, dentro da Ligga Arena superlotada pela fiel torcida, para adversários tecnicamente limitados como Vitória, Fluminense e Bragantino.

Tudo porque a diretoria fez tudo errado desde o começo da temporada com inexplicáveis
contratações de jogadores tecnicamente medíocres, insistência com veteranos que estão se arrastando em campo, irresponsável troca-troca de treinadores, enfim um caos dentro de qualquer manual de principiante em gestão de futebol.

+ Leia todas as colunas de Carneiro Neto

Na derrota para o Atletico-MG, apenas o resumo de tudo o que tem acontecido nos
últimos jogos: o goleiro Mycael operando prodígios, uma zaga atabalhoada, um meio de
campo sem nenhuma iniciativa e um ataque inoperante.

Também pudera, o senhor Lucho González – aprendiz de treinador – teve a inspiração de manter o promissor João Cruz e o sempre produtivo Nikão na reserva, só os colocando quando a vaca já estava enterrada no brejo.

Outro que merece crítica é o veterano Paulo Autuori, que decepcionou inteiramente em sua última passagem pelo Athletico.

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