A política tem esse elemento do conflito como parte, mas um conflito que é dado, que vai ser gestado dentro dessas instituições, em que, se alguma pessoa perde a eleição, ela vai para casa. Vai se rearticular para concorrer daqui a dois anos, ou fazer outro tipo de aliança ou de articulação política.
Quando a gente fala dos militares, o que é o elemento dos militares, das Forças Armadas ou do Exército? É a força, não é o diálogo. Portanto, o conflito é tratado nessa chave da força. De quem detém a arma. E aí, não há democracia possível.
Então, a gente precisa, sim, dizer. O Exército existe nos Estados, só que ele não pode, em hipótese nenhuma, participar da política. Nós não podemos normalizar. Algo que é muito parte da nossa história.
Tathiana Chicarino, professora da Fespsp
A professora também demonstrou preocupação ao falar sobre o avanço da extrema direita e a tentativa de golpe de Estado investigada pela Polícia Federal.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 35 pessoas, incluindo o general Walter Braga Netto, foram indiciados sob suspeita dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
A gente, de uns anos para cá, não apenas no Brasil, tem passado por um processo de normalização da extrema direita, e isso é bastante perigoso.
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