Nome histórico do jornalismo automotivo brasileiro, Luiz Carlos Secco morreu nesta quinta-feira (30), aos 90 anos. Ele teve morte cerebral decretada em consequência de ferimentos na cabeça após cair em casa, em São Paulo, nesta quarta-feira (29).
Conhecido como Seccão pelos amigos, o jornalista abandonou o serviço público em 1961 para ser repórter em O Estado de S.Paulo. No início, foi designado para a editoria de esporte, mas disse que não queria mais cobrir mais futebol por considerar os jogos chatos.
Com a criação do Jornal da Tarde, em 1966, passou para o diário também do Grupo Estado.
Foi deslocado para o setor automotivo, onde construiria carreira que teria, entre os furos jornalísticos, as imagens da Brasília, o primeiro carro desenvolvido no país, e a criação da Copersucar, a equipe brasileira de F-1 liderada pela família Fittipaldi.
Ele depois escreveria para a revista Autoesporte, da Editora Globo, até ser contratado para a área de comunicação da Ford, em 1974.
Após se aposentar e deixar a montadora, montou sua própria agência de comunicação.
“[O jovem jornalista no setor automotivo] Precisa gostar e se especializar. Não pode mais ser como eu fui, superficial. Precisa conhecer e gostar para que possa falar com propriedade. Tem que ler, saber para que serve um motor, uma embreagem, como funciona, tem que conhecer estilo. Precisa atualizar-se internacionalmente também, não pode ficar só na nossa indústria. E o mais importante: ser humilde e não achar que sabe tudo, pois sempre há o que aprender”, disse ele, em entrevista para a newsletter Jornalistas & Cia, em abril de 2013.
Sua última aparição pública foi em dezembro do ano passado, quando recebeu uma placa do site Autoinforme, especializado em notícias automotivas, em reconhecimento à sua carreira.
Secco era casado com Maria Setella e deixa cinco filhos: os jornalistas José Carlos, Raquel e Luiz Fernando, o engenheiro Luís Roberto e a médica Fernanda.
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