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Milagres, uma breve reflexão

O Espiritismo sempre se envolverá com explicações lógicas para o entendimento dos fenômenos conhecidos como sobrenaturais. Daí, a importância de seus adeptos estarem sempre atentos aos progressos da ciência, acompanhar tudo o que está acontecendo, para que o desenvolvimento de sua fé tenha como alicerce a razão, porque somente está nos permite o real e profundo entendimento de todas as coisas. A explicação consiste no fato de que a palavra “milagre” vem do latim “miraculum”, que
significa “maravilhar-se”. O maravilhar-se seria próprio das diversas descobertas que os homens fazem, porém, o todo já foi pensado e criado antes.

O universo contém dados e possibilidades para as quais a humanidade ainda está nos primórdios dos entendimentos. Assim, no Espiritismo, o que diz ser milagre não passa de um detalhe a mais dentro das descobertas que fazemos ou vivemos em nossas vidas no correr dos séculos. Portanto, quando algo extraordinário acontece a alguém ou a algum grupo de pessoas, não podemos e nem devemos taxar como milagre. Um milagre é um evento que é considerado como violação das leis da natureza,
geralmente atribuído a uma intervenção divina. A crença em milagres é comum em muitas religiões e é usada como prova da existência de um ser supremo ou como exemplos de sua intervenção na vida humana.

Segundo a Doutrina Espírita, religião que tem como base o Cristianismo, não existem milagres na concepção comumente empregada a este termo. Para o Espiritismo, todos os acontecimentos ocorrem dentro das Leis da Física, da Química e da Biologia. Mas, à medida que a ciência avança, muitos milagres aparentes acabam tendo explicações científicas. Outros ainda são mostrados como embustes elaborados.
Mesmo assim, a crença em milagres continua. E apesar do progresso científico, ainda existem muitos fenômenos milagrosos que não foram explicados.

No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, o Espírito da Verdade diz que o milagre é uma “designação de fatos naturais cujo mecanismo familiar à Lei Divina ainda se encontra defeso ao entendimento fragmentário da criatura”. Conclui-se, portanto, que buscar milagres é o mesmo que colocar-se como desconhecedor da Justiça Divina, que dá a todos por igual e segundo seus méritos.1


1 Fonte: www.febnet.org.br – Edição: Júlia Martins/Colaboradora | Design: Camila Campos/Colaboradora

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