Os três réus ainda terão de efetuar um pagamento de R$ 18 mil aos herdeiros da vítima. Um deles permanece foragido.
Após dois longos dias de julgamento no Tribunal do Júri na Comarca de Viçosa, um trio acusado de assassinar João Vitor Paula do Carmo, 23, foi condenado à prisão com pena de 64 anos, tempo distribuído entre os três réus da seguinte forma: 18, 22 e 24. Eles terão ainda de efetuar o pagamento de indenização de R$ 18 aos herdeiros da vítima.
O crime aconteceu no dia 26 de março de 2024 e foi denunciado pelo Ministério Público como homicídio duplamente qualificado, praticado por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
De acordo com a denúncia, a execução foi ordenada por uma facção criminosa, no contexto de imposição do chamado tribunal do crime. A vítima, usuária de drogas e conhecida por pequenos furtos na comunidade, foi sequestrada pelos acusados, levada até a zona rural e morta com cinco disparos de arma de fogo na cabeça.
As investigações apontaram que os réus agiram de forma premeditada, com divisão de tarefas. O sequestro chegou a ser presenciado por uma testemunha, que desde o ano passado está sob proteção do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita).
Apesar da decisão, um dos condenados permanece foragido, enquanto os outros dois foram levados ao sistema prisional após a decisão.
A condução do processo ficou a cargo da promotora de Justiça Ana Paula Lima da Silva, que também conduziu a sessão plenária, juntamente à promotora Juliana Queiroz Ribeiro.
Mais informações estarão disponíveis na edição impressa da próxima quinta-feira, 2 de outubro, incluindo os nomes e fotos da vítimas e condenados.
