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Janja defende as mulheres e ignora caso envolvendo Lulinha

Ao mesmo tempo em que Luís Cláudio Lula da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta uma causação de violência doméstica, a primeira-dama Janja reafirmou, ontem, seu compromisso com o combate à agressão às mulheres, no 2º Workshop Global para o Relatório Nacional Voluntário 2024 — no qual foram discutidas análises em relação à Agenda 2030 e aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) das Nações Unidas.

No evento, Janja ignorou as acusações que pesam sobre o filho de Lula e afirmou que “(a defesa das mulheres) é um compromisso que tenho de vida. Tenho falado muito sobre isso e essa é uma pauta que vou continuar levando. Às vezes ela é difícil, sim, mas é necessária”. A primeira-dama participou do 2º Workshop Global a convite da Secretaria-Geral da Presidência da República e da Itaipu Binacional, onde trabalhou por 17 anos.

O caso envolvendo Lulinha veio à tona por conta do registro de um boletim de ocorrência, lavrado na terça-feira, pela médica Natália Schincariol — que o acusa de violência física, verbal, psicológica e moral. O episódio deu munição aos bolsonaristas, que aproveitaram as redes sociais para atacar o governo e o presidente.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu a Natália medidas protetivas, que obrigam Lulinha a deixar o apartamento em que o casal vivia há quase dois anos. Também o impede que frequente os locais de trabalho, de estudos e de culto religioso da companheira.

Restrições

Lulinha não pode fazer contato com Natália, mas terá direito a retirar documentos pessoais e objetos de uso pessoal do apartamento em que viviam — assim mesmo, apenas se estiver acompanhado de um oficial de Justiça ou terceiro indicado por ele e sob supervisão da ex-mulher.

Pelo depoimento de Natália à Delegacia da Mulher, ela foi agredida com uma cotovelada na barriga, em uma briga no fim de janeiro. Ela firmou que sofreu violência “verbal, psicológica e moral”, “intensificado ao longo do tempo”.

Natália relatou que teve de se afastar do trabalho por um mês como resultado do trauma causado pelas agressões. Afirmou, ainda, que foi hospitalizada com crises de ansiedade e foi ameaçada e ofendida por Lulinha — que a teria chamado de “doente mental, vagabunda, louca”.

Segundo Natália, Lulinha a teria ameaçado para não denunciar as agressões, “sob a alegação de que o agressor é filho do presidente e que possui influência para se safar das acusações” — conforme relatou e fez constar no boletim de ocorrência.

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