O Tribunal de Justiça de Alagoas negou, novamente, o pedido de liberdade feito pela defesa do homem que matou a sogra e escondeu o corpo em uma geladeira em Maceió (AL). O assassino, de 23 anos, confessou o crime, cometido em março deste ano.
Na decisão, o juiz Geraldo Cavalcante Amorim, da 9ª Vara da Capital, mencionou novamente a gravidade dos delitos (feminicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores) e justificou a manutenção da prisão preventiva com base na violência do crime.
Ao analisar o processo, o juiz não encontrou motivos para alterar a situação do acusado no momento, considerando a gravidade do crime, motivado por uma discussão aparentemente sem importância e cometido com vários golpes de faca, somada ao modus operandi, onde o corpo teria sido colocado em uma geladeira e deixado em um terreno baldio.
“Desse modo, passando à análise dos autos, verifico que inexiste fato novo a infirmar a necessidade da prisão preventiva, até porque a gravidade in concreto do delito (com motivação aparentemente fútil, em razão de suposta discussão anterior com a vítima) e o modus operandi (com suposto recurso que dificultou a defesa da vítima, pela multiplicidade de golpes de faca, bem como pelo fato do corpo da vítima ter sido, em tese, descartado dentro de uma geladeira, em terreno baldio). Sendo assim, não vislumbro, por ora, fato superveniente capaz de modificar a situação prisional do acusado”, decidiu Amorim.
Relembre o caso
O corpo da vítima, de 43 anos, foi achado dentro de uma geladeira na manhã do dia 5 de março, no bairro Guaxuma, a 9 km de Maceió.
De acordo com a Polícia Civil, a motivação para o crime teria sido a vítima não aceitar o relacionamento amoroso da filha, de 13 anos, com o rapaz, de 23.
As investigações revelam que a vítima teria tido uma discussão com a filha e o genro após ter sido informada de que o casal planejava se mudar para outro bairro. A vítima então teria sido agredida com uma pancada na cabeça, mas não morreu. Em seguida, o rapaz a atacou com uma faca. O crime foi cometido na casa da vítima, em Jacintinho, a 4 km da capital alagoana.
A primeira informação sobre o feminicídio foi dada ao delegado Robervaldo Davino, do 6º Distrito Policia (6º DP), por um fretista que levou O pai do autor, de 47, e o autor até a área de mata, onde a geladeira foi jogada em uma ribanceira com a mulher dentro.
O fretista contou ter sido contratado na noite do dia 4 para fazer uma mudança entre dois endereços no Jacintinho e, no dia 5, foi novamente procurado pelo homem que o contratou, desta vez para levar uma geladeira até o bairro do Benedito Bentes, onde pai e filho acabaram resolvendo jogar a geladeira fora, na mata da Guaxuma.
Depois de deixar pai e filho no Jacintinho, o fretista foi até a delegacia, sendo acompanhado pela policial Daysirê Batista até o local onde a geladeira foi abandonada.
Todos os três envolvidos (filha, genro e pai) foram presos.
*Estagiária sob supervisão de Talita de Souza
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