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Gusttavo Lima e Deolane Bezerra: saiba próximos passos da investigação

A investigação que apura o suposto envolvimento da influenciadora Deolane Bezerra e do cantor sertanejo Gusttavo Lima em um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a jogos ilegais entrou em uma nova fase. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou, na última sexta-feira (20/9), à Polícia Civil que realize novas diligências para aprofundar o inquérito e embasar as acusações contra os suspeitos.

A operação, batizada de “Integration”, teve repercussão desde o início, quando mandados de prisão preventiva foram expedidos para os investigados. No entanto, as prisões de Deolane e Gusttavo Lima foram recentemente revogadas após a Justiça entender que outras medidas cautelares seriam mais adequadas ao caso, enquanto a investigação segue em curso. 

De acordo com a nota do MPPE, o inquérito ainda não apresenta todos os elementos necessários para que uma denúncia formal seja encaminhada à Justiça. Por isso, o Ministério Público solicitou ao delegado responsável pela investigação que realize diligências complementares, cujos detalhes ainda serão especificados e submetidos à juíza do caso, Andréa Calado Cruz, da 12ª Vara Criminal de Recife. A partir daí, caberá à Polícia Civil do estado dar seguimento às investigações e cumprir as ordens judiciais.

“Assim como outros citados no inquérito, Deolane e Gusttavo Lima são, por ora, apenas suspeitos. Qualquer acusação ou denúncia formal só será feita após a conclusão da investigação e a apresentação de uma denúncia pelo Ministério Público”, esclareceu o órgão em nota.

O MP também destacou que, embora novas diligências tenham sido requeridas, algumas medidas cautelares impostas anteriormente, como a busca e apreensão de bens, permanecem em vigor. Além disso, o MP argumentou que as prisões preventivas deveriam ser substituídas por outras medidas, visto que o tempo necessário para concluir as investigações poderia resultar em “constrangimento ilegal” para os suspeitos.

Após o pedido do MPPE, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, tomou a decisão de revogar a prisão preventiva de Gusttavo Lima e conceder-lhe liberdade provisória. O magistrado também suspendeu a apreensão de seu passaporte e do certificado de registro e porte de arma. Gusttavo Lima, que teve sua prisão decretada anteriormente pela juíza Andréa Calado Cruz, expressou satisfação com a decisão. “A defesa do cantor Gusttavo Lima recebe com muita tranquilidade e sentimento de justiça a decisão proferida na tarde de hoje pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão”, declarou a assessoria do artista em nota na terça-feira (24).

Deolane Bezerra, que estava detida na Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste de Pernambuco, também foi liberada ontem após um habeas corpus concedido pelo mesmo desembargador. Ao deixar o Fórum Rodolfo Aureliano nesta quarta-feira, a advogada fez declarações breves à imprensa, reafirmando sua inocência.

“Sou inocente, não posso falar sobre o processo, está sob segredo de justiça, mas o que posso falar é que faço publicidades e sou inocente. A justiça será feita”, disse a influenciadora, que passou cerca de duas semanas presa.

A condução da operação e a decretação das prisões geraram debates no meio jurídico. A prisão preventiva é uma medida aplicada em casos em que há risco concreto de fuga, de destruição de provas ou de reiteração criminosa. 

A Polícia Civil de Pernambuco, responsável pela execução da Operação Integration, informou em nota que todas as determinações judiciais serão cumpridas e que as novas diligências solicitadas pelo MPPE serão realizadas dentro do prazo. Apesar de normalmente a polícia ter um prazo de 30 dias para concluir o inquérito, devido à complexidade do caso e à quantidade de investigados, a expectativa é que o prazo seja prorrogado por até 120 dias.

A investigação continua, e os próximos meses serão decisivos para determinar se haverá ou não uma acusação formal contra Deolane Bezerra, Gusttavo Lima e outros envolvidos no esquema. A operação, que apura crimes de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, segue sob sigilo, o que dificulta a divulgação de detalhes sobre os passos da investigação.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

 

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