O estado de São Paulo vai passar a utilizar o ChatGPT e ferramentas de inteligência artificial (IA) na elaboração de aulas digitais da rede estadual. Um documento enviado aos professores do estado e obtido pelo jornal Folha de S.Paulo anunciou aos docentes que a ferramenta vai gerar “primeira versão da aula com base nos temas pré-definidos e referências concedidas pela secretaria”.
O anúncio revelado nesta quarta-feira (17/4) gerou revoltas entre educadores, que acusam o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) de substituir os professores. De acordo com Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) ao Correio, a informação de que professores serão substituídos não procede. A pasta afirma que pretende “implementar um projeto-piloto para incluir a IA como uma das etapas do processo de atualização e aprimoramento de aulas do terceiro bimestre dos Anos Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio”.
EDUCAÇÃO: A EQUIVOCADA SUBSTITUIÇÃO DOS PROFESSORES POR INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – É lamentável a decisão do governador Tarcísio de Freitas (SP) e do secretário Renato Feder de entregar ao ChatGPT a formulação do material didático da rede estadual paulista. São Paulo conta com…
— Daniel Cara – Educação e Ciência (@DanielCara) April 17, 2024
Na manhã desta quarta-feira (17/4), Tarcísio declarou a jornalistas que a ferramenta deve ser apenas um facilitador. “No fim das contas, quem sabe o que vai ministrar e vai fazer com entusiasmo é o professor”, afirmou.
Segundo a Seduc, a IA vai produzir as aulas com base em conteúdos já existentes feitos pelos professores curriculares. A ferramenta deve alterar a proposta além de inserir novas atividades e docentes vão avaliar o trabalho.
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