Em 09 de novembro de 1938 aconteceu a terrível Noite dos Cristais, um evento que envergonha a espécie humana. O desrespeito e o ódio expelido ali se materializaram em milhões de vidros quebrados e mortes nas ruas da Alemanha. Os vidros eram dos prédios, lojas e sinagogas daquele país. Quase uma centena de judeus perderam suas vidas nesta noite e dezenas de milhares foram então levados aos campos de concentração. Há 85 anos a humanidade presenciou esse crime de ódio praticado contra os judeus.
E ainda nos tempos atuais presenciamos o crime de xenofobia sendo praticado no mundo e no nosso país. Engana-se quem pensa que somente os afros descendentes sofrem o racismo ou xenofobia embora esses sejam os mais vitimados, com mais frequência e intensidade esse crime.
No Brasil isso ocorre com uma desinteligência ímpar. Afinal o país que é formado por povos originários, africanos, portugueses, espanhóis, italianos, japoneses, holandeses, alemães e por tantos outros povos jamais poderia ter esse comportamento desprezível que é o crime de ódio contra descendentes de estrangeiros.
Esse problema social, embora combatido, ainda resiste na sociedade e infelizmente dentro de escolas onde crianças ainda agridem outras crianças por serem de etnias diferentes da do agressor. O que choca é que esse comportamento chega às escolas trazido de dentro das casas. A xenofobia e o racismo ainda resistem dentro dos lares…
A legislação proíbe de forma explícita e imputa penas aos infratores/criminosos, mas na prática não vemos a aplicabilidade da lei frente ao número de ocorrências. Essa não aplicabilidade envolve vários fatores, desde o desconhecimento da lei pelos vitimados, a disparidade do poder econômico do agressor com relação ao agredido até a conivência do poder público pelo costume, preconceito e racismo estrutural que a sociedade carrega.
Fato é que esse assunto não pode ser esfriado, ele deve estar em pauta ininterruptamente, pois, ao tratarmos a eliminação desse mal social cuidamos da sociabilidade e da civilidade das pessoas.
Um país civilizado cresce se ordena e progride. Humanidade é disso que precisamos.
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