Cadáveres foram encontrados em estado de decomposição. Alguns deles eram de pessoas que haviam morrido em 2019. “Os corpos estavam em sacos descartáveis, envoltos em lençóis e fita adesiva ou expostos sem nenhuma cobertura. Alguns estavam até enfiados em sacolas plásticas. Muitos estavam caídos no chão, empilhados em prateleiras, deixados em macas, empilhados uns sobre os outros”, diz trecho da denúncia dos promotores.
Funerária vendia pacotes de sepultamentos ecológicos. O casal anunciava que os corpos seriam enterrados caixões biodegradáveis. Michael Allen, procurador do 4º Distrito Judicial do Colorado, declarou em uma coletiva de imprensa que os Hallfords enganaram famílias enlutadas e que “ter alguém violando essa confiança é algo do qual essas pessoas provavelmente nunca se recuperarão”.
Os Hallfords entregaram urnas com mistura de concreto às famílias, em vez das cinzas dos falecidos. O casal também enviou corpos errados para sepultamento em cemitérios, segundo a acusação.
A dupla foi presa em novembro de 2023. Durante a audiência, realizada na última sexta, se declararam culpados das acusações. A sentença dos Hallfords pelas acusações estaduais está marcada para 18 de abril de 2025. Eles concordaram em enfrentar sentenças de 15 a 20 anos de prisão após se declararem culpados no Tribunal do Condado de El Paso por 191 acusações de crime grave de abuso de cadáver.
Criminosos receberam mais de US$ 130 mil dólares (R$ 754 mil) por serviços. A denúncia aponta que, em vez de usar o dinheiro fornecido pelo governo ou pelos clientes para enterrar ou cremar os corpos, o casal gastou milhares de dólares em viagens, joias e itens da Amazon, conforme os registros.
Compostagem humana é permitida no Colorado. Washington foi o primeiro estado a legalizar a compostagem de restos humanos em 2019, seguido por Colorado e Oregon em 2021. O objetivo é aumentar os espaços para cemitérios e gerar menos danos ambientais.
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