São muitos os debates veiculados em todos os meios de comunicação da RMBH, tratando da questão do transporte público, entretanto, percebemos que as ideias de puxadinhos sempre prevalecem, quando o assunto entra na esfera política.
E sabiamente que o caminho definitivo para solucionar o problema entre poder público e empresário é o subsídio, para os leigos o que significa, o governo paga uma parte para os empresários prestarem os serviços e a população faz um complemento, que caiba no orçamento popular, ou seja, caiba no bolso do assalariado com base no salário mínimo vigente.
O que está em pauta é a demonstração real da questão: problemas que se acumulam ao longo dos anos, se arrastam e agora está estourando como uma boiada fora do cercadinho.
Os principais agentes, os políticos, principalmente do executivo, fecharam os olhos durante anos e jogaram o problema para debaixo do tapete para seus sucessores e, hoje, a questão está diante dos nossos olhos para ser resolvido.
Tenho como base para sustentar a minha ideia entrevistas de dois especialistas bem conceituados no Brasil. O Osias Baptista defende uma ampliação de veículos em massa em corredores específicos, mas fragilizando o transporte de veículos particulares nas vias principais. Já o Especialista Silvestre Andrade defende a mesma ideia, mas na sua essência técnica critica a falta de infraestrutura no sentido mais macro, passando uma ideia mais harmônica de transporte de massa em corredores específicos mas com investimentos em vias mais eficientes. Entendo que esta vertente de ideias possa realmente fornecer um serviço de transporte público ou Iniciativa Privada de qualidade em vias que atendam à necessidade do tráfego de veículos particulares, em sintonia com o transporte em massa.
Posso afirmar que, atualmente não vai resolver em nada pensar em transporte público somente olhando para Belo Horizonte. Se não reunirem-se à mesa de debates os Governos Federal e Estadual e os prefeitos da Região Metropolitana nós, como população, e empresários do transporte vamos sofrer juntos as consequências dos puxadinhos de longo prazo, que foram feitos na região ao longo dos anos, onde não temos corredores com desenhos macro, não temos túneis que cortam parte da cidade evitando transtornos de Fluxos e encurtando rotas, não temos eixos centrais como cruz ou artérias onde linhas de metrôs, não pensamos no transporte de ônibus como sendo linhas alimentadoras de um projeto de metrô, e não somente dos proprios terminais de ônibus como eixos centrais distribuindo o tráfego de pessoas na RMBH, não falamos de um sistema de metrô com a participação de empresas formando uma Parceria Público Privada – PPPs, lembrando, ainda, que Belo Horizonte e região não têm metrô e, sim, um trem metropolitano.
Considerando esta linha de pensamento e sua plena execução, teremos que falar de alguns milhões de reais, investimento que o politico que gerencia o meu, o seu e o nosso dinheiro jamais gostaria de ouvir.
Em resumo, o processo é de simples entendimento. Empresas não são instituições filantrópicas e ou ONGs, gestores públicos dos poderes executivos e legislativos, não são pessoas eleitas para gerar lucros e, sim, cuidar da cidade, fazer gestão dos recursos públicos com inteligência, com planos eficientes e pensar grande, pensar que a cidade de Belo Horizonte (e seu entorno) já perdeu a muito a condição de roça, ascendeu à metropole e encontra-se em franco crescimento. Portanto, espera-se que estes políticos gostem da cidade, de seu povo e se despam de vaidades. Caso contrario, quem vai resolver isso é o povo na hora de digitar e ouviro Blim Blim.
[simple-author-box]
Deixe um comentário