Mas quando o crime necessitar de repressão uniforme em várias frentes de combate, quando o criminoso cibernético fugir, meios não faltarão, desde veículos nunca imaginados a força de segurança. As fraudes em banco de dados, genéticos, será possível? É claro, mesmo com toda a tecnologia não resta dúvida que a mente criadora de tudo isso é o homem podendo direcionar contra ou a favor da lei. É o livre arbítrio com todas as suas consequências positivas ou negativas.
É neste contexto que afirmamos que as funções serão revistas ou a denominação existente adaptar-se-ão a nova era. As papilas datiloscopias e o exame de sangue ainda serão seguros? No futuro, a genética dirigirá a ascensão ou queda das pessoas. A seleção natural iniciará com a forma da concepção, o método discriminará os seres. Concebido naturalmente ou geneticamente? Os computadores estarão aptos a responder a esta pergunta pelo simples fornecimento de um fio de cabelo.
Num horizonte um pouco mais distante estabelecer-se-á conexão direta das máquinas com o cérebro humano, e desta forma as máquinas tornar-se-ão, o prolongamento natural dos seres humanos, não só complementando a capacidade intelectual, mas também ampliando sua capacidade de adequar-se à imensa quantidade de informação gerada na rede mundial, permitindo uma seleção mais adequada das informações.
No entanto, voltemos à pergunta inicial: “este modelo acima é “importado” como solução para os problemas brasileiros?” Estamos na era da “globalização” evidente as consequências naturais da evolução das tecnologias e principalmente das ações. Aperfeiçoam-se os delitos quando os lucros fáceis e a impunidade permeiam a sociedade. Aqueles “excluídos” da sociedade, continuarão a dos operadores da segurança e do direito, dos criminologistas as ações na modificação do paradigma. É importante que fiquem atentos e a sociedade acompanhem a evolução das propostas de trabalho. Não pode o homem comum ficar à mercê da boa vontade de um ou outro profissional, deve haver uma norma que fixa padrões de atuação visando à segurança da comunidade bem como o acompanhamento daqueles que estão largados a sua sorte nos cárceres existentes.
A criminologia tem por dever buscar respostas as necessidades de aperfeiçoamento dos mecanismos desenvolvimentista e efetivamente aplicar e divulgaras pesquisas. Importante salientar que a base inicial entoa a toada da liberdade das instituições.
Observamos hoje mormente o marketing, a criação de novas siglas trocando às antigas, no entanto, ainda não sabemos se efetivamente irão introduzir uma metodologia moderna no combate aos delitos.
A sociedade forma os operadores exigindo-lhes ações que resolvam todos os problemas, independente de seus sentimentos e condições emocionais. Em verdade, quem será o receptor da ação destes operadores, que vez por outra, encarnam o princípio do Estado como sendo a sua personificação. No texto de Assata Shakur, evidencia as minorias vítimas do preconceito e racismo existente naquele sistema. Infelizmente, ao que parece, realmente importamos aquela doutrina.
Uma polícia independente, com lei própria regulamentando a padronização das ações bem como a criação de Corregedorias independentes para atuarem com rigor quando seus membros desviarem a conduta. Seria possível igualar todos perante a lei, embora seja um axioma jurídico, não se vislumbra numa sociedade onde membros do legislativo são citados em investigações criminais e escusam se da aplicação legal sempre pautados pelo corporativismo. Não há resultado. Esta realidade aproxima-se daquela implícita no texto América, os dados estatísticos dos presídios apontam para uma comunidade carcerária predominantemente formada por negros, em sua maioria analfabetos, esquecidos no sistema. Ora, estamos diante de uma constante, é assim em todos os estabelecimentos de reclusão. Oportuno refletir quais serão as novas formas de pena imposta aos transgressores, evidente que surgirão estudos em que as drogas, implantes eletrônicos com limitação de lugares e constante acompanhamento de seus usuários serão rotineiros no futuro. Os homens não nasceram para serem segregados em selas subumanas, que vêm desde o início da história escrita como elemento de punir. Mas como resgatar este ser, como responsabilizar aqueles que fugiram à norma social.
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