Um menino de 11 anos ficou pendurado pela mão em um portão por cerca de duas horas em Carmo do Cajuru, no Centro-Oeste de Minas, esperando por socorro. O caso aconteceu na sexta-feira (12/7), mas teve repercussão no início desta semana após a mãe acusar a unidade de saúde do município de “omissão”. O ferro da grade enviou na mão da criança quando ela tentava pular o portão.
De acordo com Dara Amanda, mãe do menino, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) demorou uma hora e meia para chegar ao local do acidente. Além disso, eles tiveram que aguardar mais 20 minutos pelo Corpo de Bombeiros para serrar a grade.
“O Samu chegou depois de uma hora e meia onde meu filho estava pendurado, e só chegou rápido depois que a viatura (Polícia Militar) ligou. Isso foi umas 19h quando ele caiu e o Samu chegou quase 21h. Ainda tivemos que esperar mais 20 minutos até os bombeiros chegarem”, conta.
Dara Amanda disse que procurou ajuda na clínica municipal, porém acusa a equipe de omissão de socorro. “Três pessoas foram lá na clínica pedir ajuda e eles negaram, eles não quiseram mandar ambulância. Então, para que eles colocam uma clínica se não dão socorro? Isso foi falta de socorro. Faltou pouco para furar a artéria do meu menino e a ambulância da clínica estava parada do lado de fora”, argumenta.
Resgate
O resgate ocorreu com a chegada do Corpo de Bombeiros. Foi necessário serrar a grade para levá-lo a Divinópolis, cerca de 15 quilômetros, para atendimento médico. “Agora ele está em casa e, graças a Deus, está bem”, conta.
O Samu afirmou que a demora de quase 1h30 para a chegada da equipe ao local não corresponde aos dados do prontuário da ocorrência. Conforme a assessoria do Serviço, a equipe levou cerca de 40 minutos desde o chamado até a chegada ao local.
Devido à gravidade do caso, foi necessário o apoio do Corpo de Bombeiros para retirar parte da grade onde o menino estava preso.
Em nota, a Prefeitura de Carmo do Cajuru confirmou que foi solicitada a ambulância na unidade de saúde. Na ocasião, a equipe orientou a chamar o Samu, que, por sua vez, indicou que o atendimento não seria realizado pelo Pronto Atendimento do município. Assim, uma equipe iria ao local para atendimento ao paciente.
*Fabrício Salvino especial para o jornal Estado de Minas
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