Paracatu — Os quatro jovens encontrados mortos em um veículo de luxo, em Balneário Camboriú (SC), foram sepultados na manhã desta quinta-feira (4/1) em Minas Gerais, e apenas familiares e amigos próximos estiveram presentes. Gustavo Pereira Silveira Elias, 24 anos, foi sepultado às 8h30 no cemitério da Colina, e Nicolas Oliveira Kovaleski, 16 anos, às 9h30, no cemitério Santa Cruz, ambos em Paracatu.
“Deus me deu um brilhante, mas o brilhante que Deus me deu eu perdi. Eu criei meu filho na honestidade, meu coração está partido, meu coração está ferido por causa disso”, lamentou, aos prantos, a mãe de Nicolas, dona Dalila Barbosa de Oliveira, durante o enterro do filho.
A mãe do adolescente contou que era contra a mudança do filho, menor de idade, para o estado no Sul do Brasil, mas que acabou convencida por ele. “Florianópolis era o mundo do marketing e ele disse que ia para lá para realizar os seus sonhos. Eu não queria que ele morasse com essas pessoas, nem mesmo aqui em Paracatu. Eu tentei até chamar a polícia para ele não ir embora”, disse ao Correio.
Ela também contou que a família sempre passou por muitas privações, algo que o filho estava disposto a mudar. “Eu vivia de cesta (básica), eu deixava de comer para dar para os meus filhos. Agora, minha vida virou de ponta cabeça, eu tenho uma criança com 11 anos que não entende nada. Ele passa mal todo dia (desde que o irmão morreu).”
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As outras vítimas
Já os corpos do jovem dono da BMW, Tiago de Lima Ribeiro, 21 anos, e da namorada, Karla Aparecida dos Santos, 19, seguiram, ainda durante a madrugada, para a cidade de origem das famílias, Lagoa Formosa, no Alto Paranaíba (MG).
O traslado dos corpos para Lagoa Formosa, distante 200km de Paracatu, ocorreu na noite passada e o velório do casal foi iniciado às 3h da madrugada, no Funerário Municipal. O sepultamento ocorreu às 7h, no Cemitério Municipal, sendo acompanhado por pessoas das famílias das duas vítimas.
Entenda o caso
Quatro jovens foram encontrados mortos na madrugada de segunda-feira (1º) dentro de uma BMW estacionada na rodoviária de Balneário Camboriú, após as celebrações de Réveillon. A Polícia Civil suspeita que os jovens tenham sido vítimas de intoxicação por monóxido de carbono. A investigação busca determinar como o gás alcançou níveis tóxicos dentro do veículo, afetando a saúde dos ocupantes.
O caso é um dos grandes assuntos na cidade de Paracatu, e seus moradores mostram desconfiança com as conclusões preliminares das mortes. A mãe do adolescente Nicolas também desconfia da história. “Eu não acredito que foi uma fatalidade, isso não encaixa, não encaixa, não dá”, apontou inconformada durante o enterro do filho.
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“Deus me deu um brilhante, mas o brilhante que Deus me deu eu perdi. Eu criei meu filho na honestidade, meu coração está partido, meu coração está ferido por causa disso”, lamentou, aos prantos, a mãe de Nicolas, dona Dalila Barbosa de Oliveira, durante o enterro do filho.
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