Não adianta diminuir a importância dos campeonatos estaduais, pois eles ainda estão aqui e enquanto os grandes clubes nacionais não demonstrarem unidade e competência para criar uma Liga efetivamente profissional, todos estarão subordinados aos desígnios políticos e financeiros dos cartolas da CBF e das federações regionais.
Também não adianta reclamar do péssimo calendário elaborado para esta temporada, pois com a existência dos estaduais, uma pré-temporada decente e indispensável sob o ponto de vista técnico foi atirada na lata de lixo. Tudo por causa da Fifa que resolveu criar um absurdo campeonato mundial de clubes paralisando todas as demais atividades futebolísticas do planeta durante 30 dias. Apenas alguns clubes europeus reclamaram contra esse mundial que tem claro fundo político e dinheirista.
Mas o Campeonato Paranaense tem uma rica história em seus 110 anos de existência e isso não deve ser desprezado por ninguém. Sou do tempo em que a única atração era o nosso torneio estadual, que passou por diversas etapas, até haver a unificação efetiva entre os times do norte com os do sul – a partir de 1966 -, intercalado com fracas participações dos nossos campeões na Taça Brasil – embrião do que se tornou o Campeonato Brasileiro, depois de ter sido Torneio Roberto Gomes Pedrosa e Taça de Prata.
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Campeonato Paranaense terá pontapé inicial com clássico
Logo na largada, um clássico muito especial entre o Athletico, profundamente abalado em todos os sentidos com o vexatório rebaixamento para a Série B nacional, e o Paraná, que tenta se reerguer depois de alguns anos no ostracismo por absoluta incapacidade de seus dirigentes.
O jogo marcará o reencontro da torcida atleticana, que se mostra frustrada e sem disposição de atender aos apelos da diretoria em sua extravagante promoção para atrair maior público, na Ligga Arena e a volta dos duelos com o Paraná que andou circulando pela segundona estadual.
O Coritiba, fundador do Campeonato Paranaense em 1915, juntamente com o Rio Branco, de Paranaguá, disputarão o atual torneio. O Operário, de Ponta Grossa fazia parte da Série B no primeiro ano, mas é o terceiro representante que sobreviveu nestes lendários 110 anos de disputa.
História não falta, vamos para os jogos!
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