O ex-técnico Geninho, que comandou o Athletico no título do Campeonato Brasileiro 2001, vai receber a Cidadania Honorária de Curitiba na próxima segunda-feira (9). A sessão acontece no dia seguinte ao último jogo do Furacão nesta temporada do Brasileirão – o time visita o Atlético-MG tentando a permanência na Série A.
O título de cidadania é o mais importante concedido a uma pessoa não nascida na capital paranaense. A homenagem será entregue na Câmara após aprovação ao projeto, que teve autoria dos vereadores João da 5 Irmãos (MDB) e Bruno Pessuti (Pode). Foram 28 votos favoráveis e uma abstenção, da vereadora Amália Tortato (Novo).
Eugênio Machado Souto, 76 anos, conhecido popularmente por Geninho, é reconhecido nacionalmente como um treinador campeão. Com passagens pelo Furacão e e pelo Paraná Clube, ele é natural de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Antes de fazer carreira como treinador, Geninho foi goleiro profissional entre 1966 e 1984. Começou no Botafogo, de Ribeirão Preto, e passou por várias equipes do interior paulista, como Francana, São Bento, Paulista de Jundiaí, além do gaúchos Caxias e Juventude e do baiano Vitória.
Aos 36 anos de idade, iniciou a nova profissão comandando o Novo Hamburgo.
Campeão pelo Athletico
Geninho teve diversas conquistas como treinador, como os acessos para a Série A pelo Sport, em 2013, e pelo Avaí, em 2015, além do título estadual pelo Atlético-GO em 2010, e o título nacional da Arábia Saudita, 1992–93, pelo Al Shabab.
Mas o trabalho no Athletico deu a ele seu maior reconhecimento, já que liderou o clube em seu primeiro grande título nacional da história. Chegou em agosto de 2001 e esteve à frente do time com Kléberson, Adriano Gabiru, Kléber Pereira e Alex Mineiro.
“Era o quarto treinador da temporada, mas era o homem certo, na hora certa. E no time certo. Com seu jeito bonachão, conseguiu unir um desacreditado “grupo de bandidos” e transformá-lo num time imbatível quando na reta final do certame conseguiu manter o elenco de craques boêmios dentro do CT do Caju”, como resumiu o jornalista Sandro Moser no perfil especial no especial do UmDois Esportes aos 100 anos do Rubro-Negro.
Depois do título em 2001, Geninho ainda teve outras duas passagens marcantes pelo Athletico. Em 2008, salvou o clube do rebaixamento e foi campeão paranaense no ano seguinte. Já em 2011, sem tanto sucesso, permaneceu por apenas dez jogos e acabou demitido. Chateado com a situação, decretou que jamais voltaria a treinar o clube.
“Minha passagem pelo Atlético encerrou-se. Então isto não é uma despedida, é um adeus. Se o Atlético precisar de mim um dia, quiser me trazer de volta, quero deixar bem claro que não conte comigo. Guardo boas lembranças, inclusive a da minha maior conquista, o título brasileiro, que consegui aqui. Eu gosto do Athletico, gosto de Curitiba, mas tem uma hora que você tem que dar um basta. Vou continuar torcendo, mas, como profissional, nunca mais volto”, declarou na ocasião.
Geninho encerrou a carreira de treinador em 2020, após quatro jogos no Vitória.
Deixe um comentário