A Secretaria de Ordem Pública do Rio de Janeiro interditou, na noite desta quinta-feira (4/4), a boate Portal Club, onde duas mulheres afirmaram terem sido vítimas de estupro. O local permanecerá fechado até que as denúncias seja investigadas para a identificação dos suspeitos. A boate passou por perícia e os proprietários entregaram as imagens de câmeras de segurança à polícia.
“A Secretaria de Ordem Pública interditou na noite desta quinta-feira, dia 04, no barco Portal Clube, localizado na Lapa. Uma medida administrativa foi tomada preventivamente para preservar a segurança, a ordem pública e garantir que o local permaneça fechado até que a investigação das denúncias de crimes de estupro dentro do barco seja esclarecida pela polícia”, informou o órgão.
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No último domingo (31/3), uma jovem universitária estrangeira denunciou ter sido vítima de um estupro coletivo na boate. O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio na noite de terça-feira (2/4).
De acordo com o relato da vítima, ela conheceu um rapaz na boate Portal Club e aceitou ir com ele para um espaço mais reservado do local. Ali, ela disse que foi estuprada por vários homens, que acredita serem amigos do primeiro rapaz que conversou com ela.
A jovem afirmou ter perdido a consciência e não sabe se algo foi colocado em sua bebida. Quando recuperou os sentidos, ela procurou uma amiga para contar a situação. Depois da repercussão do caso, outra mulher também denunciou ter sido violentada sexualmente na boate. O caso ocorreu no ano passado.
O que diz a boate?
Em nota, a boate Portal Club disse que “repudia veementemente e nunca irá apoiar qualquer forma de intolerância, opressão ou violência contra as mulheres”. O estabelecimento também afirmou que deseja que os responsáveis pelos crimes sejam devidamente punidos.
“Assim que tomamos conhecimento do incidente, a casa prontamente acolheu a vítima e se colocou à disposição das autoridades para que os fatos sejam imediatamente investigados e esclarecidos. Além disso, fornecemos as imagens e áudio do circuito de segurança aos responsáveis pela investigação, onde será provado todo o apoio que prestamos à vítima, juntamente com os dados dos clientes presentes no dia, que tenham colocado o nome na lista ou comprado ingresso antecipadamente”, disse a boate.
“Como uma casa LGBTQIA+, estamos e estaremos sempre empenhados em lutar pelos direitos das minorias e das mulheres. Estamos e sempre estaremos aqui para oferecer todo o apoio e colaboração possível”, acrescentou a Portal Club.
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