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Bastidores quentes no Paraná: novo plano de dívidas, SAF e Sede da Kennedy

Na última semana, o grupo de credores do Paraná entregou à Justiça um novo plano de pagamento da Recuperação Judicial do Tricolor, com algumas modificações que podem definir o futuro do clube.

O comitê chegou a participar de algumas reuniões com interessados na compra da Sociedade Anônima do Futebol do Paraná (SAF), mas não houve uma proposta oficial ao clube. Neste período, a Pluri Consultoria chegou a intermediar uma negociação para que um grupo de ineteressados assumisse a SAF paranista, porém, com um desconto maior no pagamento das dívidas do clube, o que não agradou ao comitê de credores.

A dívida total do Paraná é de cerca de R$ 130,8 milhões. No novo plano feito, o grupo de credores alega que o clube não conseguiria quitar esse valor sem a venda da SAF ou a alienação de alguns ativos, como a Sede da Kennedy, por exemplo.

Sede da Kennedy, do Paraná Clube

Sede da Kennedy, do Paraná Clube

Com novo plano, Paraná ganha fôlego

A boa novidade para o clube foi o novo prazo estabelecido para o pagamento da dívida. Anteriormente, o Paraná teria que pagar a primeira parcela, no valor de cerca de R$ 20 milhões, em setembro deste ano. No novo plano, os credores estabelecem que a primeira parcela possa ser quitada somente no fim de agosto de 2025.

Com isso, o Tricolor ganha um “respiro” para valorizar mais a sua SAF para uma eventual venda no futuro.

O grupo de credores também cita um possível leilão da Sede da Kennedy para o pagamento da dívida – que deverá acontecer em junho do ano que vem. No entanto, o imóvel ainda está envolvido em um imbróglio com a Prefeitura de Curitiba, que fez a doação da área ao clube.

Vale destacar ainda que o imóvel possui uma cláusula em que só pode ser utilizado para fins esportivos. O Tricolor tenta chegar a um acordo com a nova gestão do município para retirar essa cláusula.

Vila Olímpica do Boqueirão, em Curitiba.

Vila Olímpica do Boqueirão, em Curitiba.

Mudanças na SAF paranista

Os credores também destacam nesse novo plano que os estádios da Vila Capanema e Vila Olímpica do Boqueirão sejam utilizados por 30 anos para o novo comprador da SAF. O Paraná ainda teria que precificar a sua SAF em até 180 dias. Caso o clube não faça, os credores pedem que a Justiça determine um avaliador para determinar isso.

No documento, o comitê também destaca que os credores possam fazer a opção de não receber os seus créditos e possam optar por investir na SAF do Paraná.

O clube ainda pode se manifestar no processo, aceitando ou pedindo mudanças no novo plano de Recuperação Judicial. O novo documento está nas mãos da juíza Mariana Gusso, responsável pela 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba.

Dentro de campo, o Paraná Clube terá apenas a disputa do Campeonato Paranaense pela frente na próxima temporada. A estreia será contra o Athletico, no dia 11 de janeiro (sábado), na Ligga Arena.

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