Na calada da tarde, às 18h30, neste domingo, na Baixada, pelo Brasileirão, Athletico x Fluminense.
Entre Athletico e Fluminense já existiram contas a acertar. Recordemos.
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Para não jogar a Segundona de 1997, aproveitando-se de um “grampo” no telefone de Mario Celso Petraglia e de uma carta anônima que denunciava manipulação de resultados, o STJD da CBF suspendeu todas as atividades do Athletico por um ano.
A decisão alcançou o seu objetivo: evitar o rebaixamento do Fluminense. Depois do julgamento, estouram fogos e champanhe nas Laranjeiras.
Ocorre que a CBF não tinha dimensão da força do Athletico. O movimento de sua torcida, sensibilizando o Brasil, chegou a Brasilia e transformou-se em caso politico. E, nesse campo, o Furacão é invencível.
Havia contas a acertar, só precisava marcar data.
E, então, aconteceu: na semifinal do Brasileirão de 2001, o Athletico ganhou de 3 a 2, jogo que está entre os mais emocionantes da história da Baixada. Foi o jogo em que Alex Mineiro começou a virar lenda. Por essa vitória, o Furacão já pôde mandar fazer as faixas que vestiu em São Caetano.
As contas estavam acertadas.
Neste domingo, nem a rivalidade que nasceu em 1997 pode ser considerada. Agora, é um jogo de angústia em razão do ponto em comum entre os dois: resultado de má gerência no futebol, jogam por uma vitória para não serem rebaixados.
Não se trata da busca por uma conquista, porque rebaixamento e conquista são institutos distantes. Humilhados, os dois estão. Trata-se, agora, de um exercício de sobrevivência.
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