A prática do assistencialismo, ou seja, preencher necessidades do momento sem criar motivações para inserir o indivíduo no mercado de trabalho, pode incorrer a riscos e gerar a pergunta: Qual é a saída? O Interlocução Brasil fez uma pesquisa com empresários de diferentes setores do mercado e por várias cidades de Belo Horizonte ao litoral sul da Bahia. A resposta obtida foi unânime: “Não estamos conseguindo profissionais para trabalhar e os que se disponibilizam a fazer um trabalho qualificado valem ouro”, afirmam os empresários.
Diante de constatação, chegamos a um dos motivos – a falta de motivação do governo pela ausência de políticas públicas, que incentivem as pessoas a migrarem dos programas assistenciais uma ocupação de trabalho. Logo, as pessoas preferem receber uma bolsa assistencial a ir para o mercado de trabalho. Acomodam-se.
Enquanto não houver incentivos fiscais e mudar o modelo assistencial para os desempregados, os pagadores de impostos continuarão sujeitos a manter uma conta muito alta para custear aqueles que estão, de forma efetiva, fora do trabalho formal. E o resultado da equação é catastrófico: comprometimento da própria economia e da dignidade humana!
“Há ofertas de emprego, contudo, faltam interessados. O que muitos recebem por meio de programas dá para superar a fome e ainda tomar uma cervejinha. O que falta vai sendo complementado com um biquinho aqui e outro ali e a vida segue”, contam alguns profissionais.
O setor da construção civil é o que mais sofre com essa dificuldade e não vê, em curto prazo, uma saída para solucionar o problema. Observam que o gargalo não é a escassez da mão de obra e, sim, a falta de políticas que incentivem tais trabalhadores a se inserirem no mercado.
Consequentemente, tais empresas ficam expostas a um custo elevado para manter mão de obra, o planejamento fica comprometido e apresentam vulnerabilidade no cumprimento de prazos estipulados para a entrega de seus empreendimentos. Correm risco de serem multadas por descumprimento de contrato.
Os governos vêm criando, a todo instante, mecanismos para aumentar a carga tributária e para sustentar gastos com serviços. Muitas vezes, o contribuinte sequer precisa deles para alavancar o Estado rumo ao crescimento econômico ou resolver, de fato, o problema do cidadão verdadeiramente necessitado. Metaforicamente, é o médico curando os sintomas sem procurar a causa da doença.
[simple-author-box]
Deixe um comentário