O advogado criminalista Pedro Cassimiro Queiroz Mendonça, de 40 anos, assassinado em 27 de maio de 2024 nas proximidades do Fórum de Ibirité (MG), foi vítima de emboscada por um de seus clientes. O suspeito é Diego Caldeira Hastenreter, vulgo “Guerreiro”. De acordo com as investigações, ele já tinha extensa passagem criminal e era foragido por outros quatro homicídios e uma tentativa, além de envolvimento com o tráfico de drogas.
O superintendente de Investigação e Polícia Judiciária (SIPJ), Júlio Wilke, informou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (22/7) que a motivação do crime foi um desentendimento entre o cliente e o advogado. As investigações concluíram que a vítima havia combinado um determinado valor, mas cobrou uma quantia a mais pelos honorários, o que gerou um conflito.
“O suspeito manteve contato na data do crime e, cerca de uma hora antes, marcou um encontro para que os desentendimentos fossem resolvidos. A Polícia Civil concluiu que se tratava de uma emboscada. O advogado se encaminhou para o restaurante e foi morto”, disse o delegado.
Diego Caldeira Hastenreter, de 37 anos, foi preso no sábado (20/7) em Papagaios, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais. Segundo a polícia, ele disparou cerca de 30 tiros de pistola 9 mm na vítima em um local já premeditado. As investigações também concluíram que ele agiu sozinho.
No mesmo dia em que foi preso preventivamente, Diego “Guerreiro” foi ouvido pela PCMG, mas a declaração encontra-se em segredo de Justiça. O suspeito será encaminhado para o sistema prisional.
Histórico
De acordo com a PCMG, “Guerreiro” respondia por quatro homicídios consumados e uma tentativa, além de ter diversas passagens policiais, como porte de armas e envolvimento com o tráfico de drogas. A ficha criminal dele com os registros das passagens pela polícia tem 19 folhas. Há quatro anos, “Guerreiro’ estava foragido utilizando documentos falsos. Agora, ele pode cumprir pena de 12 a 30 anos.
O advogado assassinado atuava em sete processos contra Diego “Guerreiro” e defendia pessoas da família dele que também tinham envolvimento criminoso na Região do Barreiro, em Belo Horizonte.
Segundo as investigações, antes de ser assassinado o advogado enfrentava questões pessoais. Ele passava por uma separação conjugal e estava fazendo uso abusivo de bebidas alcoólicas, o que o teria deixado mais impaciente e agressivo. De acordo com a polícia, esse contexto pode ter impactando no tratamento dos clientes e intensificado os atritos.
O crime
No dia do crime, o advogado tinha saído para o horário de almoço e foi flagrado por uma câmera de segurança posicionada na rua dos fundos do Fórum de Ibirité, fumando cigarro e checando seu telefone celular. Pouco depois, várias pessoas são vistas correndo do que seria o momento dos disparos que o mataram. A execução ocorreu fora da área de visão da câmera.
A polícia afirma ter encontrado 30 cápsulas de munição 9 milímetros na cena do crime. Dois dias depois, o carro suspeito de ter sido utilizado no crime, um Fiat Pálio roubado no dia 16 de abril, em Matozinhos, foi abandonado e incendiado em Betim. O veículo estava com placas clonadas.
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