Na manhã da última quarta-feira (31/7), uma adolescente deu à luz ao primeiro filho, dentro do vaso sanitário de uma academia, no interior de São Paulo. O bebê nasceu prematuro de sete meses e segue internado na Santa Casa de Cabreúva. Ele e a mãe estão bem.
Ao Correio, a maternidade confirmou que a adolescente, de 17 anos, estava na academia para acompanhar a mãe em uma aula. Em determinado momento, ela sentiu vontade de ir ao banheiro, onde entrou em trabalho de parto e deu à luz. O bebê precisou ser retirado do vaso sanitário.
Sabrina Macedo, professora da academia, contou que auxiliou a adolescente e a acalmou durante o trabalho de parto e até chegar a Santa Casa. Em entrevista ao portal g1, a professora afirmou que, depois do nascimento do próprio filho, esta foi a experiência mais emocionante da vida dela.
“Ver aquele ‘bebezinho’ ali dentro do vaso e ter que fazer alguma coisa, ter que agir rápido… ao mesmo tempo que é um desespero, é uma preocupação. A gente que é mãe, meu menino tem dois aninhos. Vendo o desespero dela também e a gente tendo que agir rápido, foi emocionante, desesperador, mas de muito amor também, aquele amor ao próximo”, relata.
Além de Sabrina, outros alunos da academia também ajudaram na ocasião. A professora contou que outro aluno retirou o bebê de dentro do vaso. O recém nascido e a mãe foram levados pela professora e alunos até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, em seguida, transferido para a maternidade.
A adolescente e o filho seguem internados, mas o estado de saúde dos dois é estável. A Santa Casa de Cabreúva reforçou que tanto os cuidados oferecidos pelos alunos e professores da academia, quanto os oferecidos pelos profissionais da UPA e do hospital, foram essenciais para que o bebê não corresse nenhum risco de vida devido a prematuridade.
“O bebê nasceu super bem […] a criança está bem no momento, ela não precisou de nenhuma outra transferência, nenhum outro cuidado por ser prematura, porque por mais que seja pequenininho, inspira cuidados da gente, mas não precisou de unidade de terapia intensiva, nem nada. A criança tem um peso, a gente diz de limite, então tá super bonitinho”, apontou a enfermeira obstetra, Adriana Pinheiro ao portal G1.
De acordo com a profissional, bebês que nascem fora do hospital inspiram cuidados por conta dos riscos de infecções. Em casos como esse, o recomendado é encaminhar mãe e filho para a unidade hospitalar mais próxima.
“O que a gente tem que pensar é que o parto norma é um evento fisiológico, ele é único e qualquer mulher pode parir no meio da rua. É muito lindo quando isso acontece, porque é um sinal de vida, de vitalidade, é aquela correria dos profissionais, todo mundo meio assustado, mas no fim das contas fica um clima de vitalidade mesmo. Essa histórias encantam”, concluiu Adriana.
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