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Futebol brasileiro regrediu com Copas e Mundiais de Clubes perdidos

A minha geração foi privilegiada em diversos aspectos – a chamada geração “baby boomer” – pois, no pós-guerra, houve tremenda evolução com a chegada da televisão, telefone para todos, geladeira para todos, rádio portátil, vacinas, medicamentos modernos, evolução na odontologia, carros e aviões com nova tecnologia, ensino avançado até chegarmos a revolução digital e a inteligência artificial.

Valeu a pena passar por todas essas etapas e, no futebol nosso de cada dia, também acompanhamos as cinco Copas do Mundo conquistadas pela seleção brasileira e a consagração dos nossos craques no cenário internacional.

Os triunfos dos times nos mundiais de clubes ajudaram a consolidar o prestígio do futebol nacional, assim como abriram as portas para que os melhores jogadores se tornassem famosos e milionários, pois até a década de 1980 os futebolistas não ganhavam fortunas aqui ou no exterior.

Antes, pelo contrário, eram até mal remunerados e poucos saíam para jogar na Europa. As exceções serviram apenas para confirmar a regra.

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Junto com as transformações produzidas pela chamada Lei Pelé, através da qual os clubes perderam o controle sobre a carreira dos jogadores, iniciando-se o império dos empresários e agentes que comandam tudo, observamos a decadência técnica dos nossos times e, sobretudo, da seleção brasileira.

O futebol brasileiro regrediu com Copas e Mundiais de Clubes perdidos. Ganhamos a última Copa em 2002, portanto há 22 convivemos com cinco fracassos retumbantes em Copas do Mundo.

Ganhamos o último Mundial de Clubes em 2012, com o Corinthians, portanto há 12 anos convivemos com os fracassos dos nossos representantes pelos quatro cantos do planeta.

A mais recente derrota foi a do Botafogo, eliminado pelo Pachuca nas quartas de final em Doha, no Catar.

Também pudera, com um calendário imbecil como esse, em que o Botafogo decidiu dois títulos importantíssimos – Libertadores e Brasileiro – em uma semana e foi obrigado a viajar 15 horas, para jogar quatro dias depois.

Deu no que deu: cansaço pelo esforço nas partidas decisivas, desgaste da viagem mal programada, enfim uma série de acontecimentos não previstos pela Fifa, pela Conmebol ou pela combalida CBF.

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