Nenhum dos atletas do Athletico quis falar após a derrota para o Bragantino. O tropeço no jogo que poderia selar a permanência na Série A do Brasileirão arrastou o drama do possível rebaixamento para a última rodada.
Ao contrário do que é costume nos últimos meses, nenhum jogador acompanhou o técnico Lucho González na entrevista coletiva pós-jogo. Antes disso, a transmissão da Cazé TV também ficou sem relato do lado rubro-negro, já que todos saíram rapidamente ao vestiário.
“A cobrança e a pressão vai existir sempre e ninguém foge da responsabilidade, muito menos eu. Sou uma pessoa que costumo fazer isso e por isso que estou sozinho. Acho que sou o responsável”, disse o treinador.
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Para completar, nenhum dos jogadores foi até à zona mista para falar sobre a situação do clube no ano do centenário.
Vale lembrar que, nas últimas semanas, os principais líderes do elenco estavam em uma espécie de revezamento para as coletivas. Com histórias recheada de títulos, o zagueiro Thiago Heleno, o meia Nikão e o atacante Pablo tinham assumido a responsabilidade de “dar a cara”, mas o revés para o Bragantino alterou o cenário.
Entre os dirigentes, o diretor financeiro Márcio Lara e o gestor desportivo Paulo Miranda cumpriram o ato de acompanhar Lucho na sala da coletiva. No entanto, como também é de praxe, ninguém falou.
Vale lembrar que o presidente Mario Celso Petraglia, por questões de saúde, segue afastado do dia a dia do Furacão.
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Já o diretor de futebol Paulo Autuori só apareceu uma vez desde que chegou ao Athletico. Durante a Data FIFA de outubro, ele concedeu entrevista para reconhecer que o Athletico estava em uma fase ruim e o quadro era reversível. De forma didática, ele disse que “ser é diferente de estar”.
Neste momento, o Athletico está fora da zona de rebaixamento e ainda depende das próprias forças para se livrar da chance de disputar a Série B em 2025.
Com 42 pontos em 37 rodadas, o Furacão precisa vencer, fora de casa, o Atlético-MG. O jogo acontece neste domingo (8), às 16h, na Arena MRV, em Belo Horizonte.
Cenários para o Athletico evitar o rebaixamento à Série B
Segundo o Departamento de Matemática da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a derrota em casa aumentou as chances de rebaixamento do Athletico de 2,2% para 16,8%.
Confira os cenários para o Furacão na última rodada:
Vencer o Atlético-MG fora de casa
É simples. Três pontos salvam o Athletico da queda. No entanto, o time não vence fora de casa no Brasileirão desde 28 de julho, contra o Cuiabá, na Arena Pantanal. O que piora o quadro é que o Galo também corre risco caso não pontue.
Empate contra o Galo
Somar um ponto diante do time mineiro abre dois cenários envolvendo os outros times envolvidos na briga contra a degola.
Cenário 1: Fluminense precisa perder para o vice-líder Palmeiras, fora de casa. Neste caso o Athletico ficaria com os mesmo 43 pontos e 11 vitórias que o Flu, mas teria saldo de gols melhor.
Cenário 2: Red Bull Bragantino não vence o Criciúma, em casa. O time paulista poderia até empatar em número de pontos, mas teria menos vitórias (11 contra 9) do que o Athletico.
Dá para escapar mesmo com derrota?
É possível, mas improvável. Só um resultado interessa nesse caso. O Red Bull Bragantino, que recebe o já rebaixado Criciúma, não poderia somar três pontos. Ou seja, um empate do Massa Bruta contra o Tigre livraria o Rubro-Negro nos critérios de desempate.
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