Veja só esse empate (1×1) do Athletico, em Salvador, com o Bahia. Se antes do jogo perguntasse a qualquer atleticano se seria bom o empate na Fonte Nova, responderíamos que sim.
Mas, eis que aparece um Furacão soberbo. No sistema de marcação, com Gabriel e Felipinho. Na defesa, Lucas Belezi e Gamarra. E quando a bola passava, surgia o goleiro Mycael, um operador de milagres. Se havia submissão ao time baiano, era em razão da inércia de Zapelli no meio e, em especial, de Pablo no ataque. Esse, um horror.
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Tanto é que, saindo os dois para a entrada de Christian e Emmerson, aos 14’, o Furacão equilibrou o jogo. Passando a atacar, era natural uma jogada decisiva de Cuello. Ela aconteceu aos 17’: o hermano, em jogada de ponta à antiga, driblando em cima da linha, lançou Nikão, que da grande área finalizou, 1×0.
Embora o Bahia tivesse a bola e o campo, o Athletico o tinha sob controle. E era tanta a segurança da defesa e do meio, que foi consolidando-se a certeza de vitória.
Mas, daí ocorreu um fato que poderia ser evitado por Lucho González, e que acabou concorrendo com o empate: aos 37’ da etapa final, Fernandinho, sem a mínima condição física, entrou.
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O Furacão, que estava exaurido fisicamente, ficou mais desprotegido no meio. Já sem precisar marcar Nikão e correr atrás de Cuello, que haviam saído, o Bahia imprimiu todo o seu desespero à desorganização do time de Ceni. E, aos 49’, aproveitando-se de uma falha de Gamarra, Biel empatou, 1×1. O erro de Gamarra foi consequência do peso da perna cansada de tanta luta.
A vida me ensinou que nós, inclusive como jornalistas, que amamos um time, somos mesmos egoístas. Não o egoísmo do pecado, mas, por não termos o controle da paixão, exigirmos do nosso time coisas que, pelos mais diversos motivos, vão além do razoável. Talvez, é esse egoísmo que faz esquecermos o que era bom, e depois tratamentos como perda.
Foi um grande Athletico em Salvador, o melhor dessa fase dramática. Volta com um ponto e recuperado emocionalmente para resolver a vida contra o Fluminense e Bragantino.
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