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Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?

O recente anúncio de que a rede francesa de supermercados Carrefour suspenderia a compra de carne dos países do Mercosul pegou o governo brasileiro de surpresa e foi alvo de críticas de entidades nacionais.

Foi a primeira resposta à iminente assinatura do acordo comercial com a União Europeia que teve, nesta semana, um sinal de desfecho após 25 anos de negociações. Durante a última reunião de cúpula do G20, a Comissão Europeia apontou que as conversas estão avançadas e podem ser concretizadas na reunião de chefes de Estado nos próximos dias 5 e 6 de dezembro em Montevidéu, no Uruguai.

A possibilidade de um destravamento das negociações gerou intensos protestos de produtores agrícolas na França, que temem perderem mercado com a entrada de produtos mais baratos dos países do Mercosul.

Na sua opinião, como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul? Participe da enquete da Gazeta do Povo abaixo:

No comunicado do boicote, o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, alegou que o acordo pode trazer “risco de a produção de carne que não cumpre com seus requisitos e padrões se espalhar pelo mercado francês” e que “no Carrefour, estamos prontos, qualquer que seja o preço e a quantidade de carne que o Mercosul venha a nos oferecer”.

O CEO acrescenta que espera que a medida “inspire” outras empresas no setor agroalimentar em solidariedade aos agricultores, principalmente as do setor de refeições fora de casa, onde é registrado mais de 30% do consumo de carne na França, sendo que deste total, 60% é importada.

No Brasil, a empresa informou que a decisão anunciada pelo CEO do Carrefour na França não tem nenhuma relação com a operação do Grupo Carrefour Brasil: “o Grupo Carrefour Brasil informa que nada muda nas operações no país”.

Na manhã desta quinta (21), a rede varejista no Brasil enviou um posicionamento do Carrefour França reforçando que a medida se aplica apenas às lojas na França e que os demais países, incluindo Brasil e Argentina e as franquias, poderão continuar a comprar carne do Mercosul:

“A medida anunciada em nenhum momento se refere à qualidade do produto do Mercosul, mas somente a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em um contexto de crise”.

Brasil responde aos franceses

Em comunicado, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) rechaçou as declarações do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, quanto às carnes produzidas pelos países do Mercosul. A pasta também lamentou a postura que, “por questões protecionistas, influenciam negativamente o entendimento de consumidores sem quaisquer critérios técnicos que justifiquem tais declarações”.

O Mapa reiterou que a qualidade e compromisso da agropecuária brasileira com a legislação e as boas práticas agrícolas estão em consonância com as diretrizes internacionais.

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