O setor imobiliário brasileiro teme impacto negativo na vida dos brasileiros que sonham em conquistar a casa própria diante da nova reforma tributária. Em participação no CB.Poder, parceria entre o Correio e a TV Brasília, desta quarta-feira (28/08), o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, conversou com os jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Samanta Sallum e defendeu a neutralidade da alíquota para que o aumento dos preços não seja repassado para a população.
Correia prevê que, sem a neutralização da alíquota, o impacto também cairá sobre o programa Minha Casa Minha Vida. Para ele, neutralizar a alíquota significa não aumentar a carga para o setor para que a reforma tributária não impacte no preço do imóvel que a população vai comprar. O desconto da taxa, que foi definido em 40% para o setor imobiliário, deve ser elevado a 60%, segundo o presidente do CBIC.
“Está previsto agora uma alíquota de 26,5% para o setor de indústria da construção, mas com um desconto de 40% para esse setor, ou seja, é um desconto de 40% em cima dos 26,5% de tributo, isso fica em torno de 15,9% de imposto para o mercado imobiliário. Mas nós calculamos que é preciso aumentar o valor do desconto de 40% para 60% para conseguir neutralizar esses tributos”, disse Correia.
Em relação ao programa Minha Casa Minha Vida, o presidente prevê um impacto negativo para a população que queira adquirir uma casa própria. “Qualquer aumento de preço significa retirar algumas famílias das possibilidade de aquisição da habitação própria. E uma solução seria aumentar o subsídio. Mas continua sendo uma luta contra o déficit habitacional”, destacou.
Mesmo com as negativas em relação ao projeto atual, o presidente do CBIC pontua que a reforma tributária é uma maneira de alavancar o Brasil ao patamar dos países desenvolvidos. Segundo ele, o setor imobiliário pode crescer no país.
“A reforma tributária conceitualmente leva o Brasil para um padrão de tributação compatível com os mercados desenvolvidos e nós, como sociedade, defendemos isso. É óbvio que em algum momento isso complica para o setor imobiliário, mas basta atender aos nossos pedidos de emenda que nós vamos nos adaptar para que o país possa se enquadrar nessa nova sociedade”, ressalta.
Assista à entrevista na íntegra:
*Estagiária sob a supervisão de Luana Patriolino
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