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FAB intensifica ataque ao incêndio no Pantanal

A Força Aérea Brasileira (FAB) intensificou, ontem, a estratégia de combate aos incêndios no Pantanal. Três voos decolaram, ao longo do dia, com 12 mil litros de água cada e somam-se aos de sexta-feira, quando os militares do Esquadrão Zeus, sediados na Base Aérea de Anápolis (GO), levaram a Corumbá (MS) outros 12 mil litros. Somente este ano, mais de 680 mil hectares do bioma — que abrange o Mato Grosso do Sul e o Mato Grosso — foram consumidos pelas chamas. Também em 2024, quase 3,5 mil focos de incêndio foram registrados no Pantanal, número 2.000% maior do que o de 2023 — quando 157 focos foram apontados.

O transporte vem sendo feito por uma aeronave KC-390 Millennium, o principal cargueiro da FAB. À água, é adicionado um produto químico que ajuda a pôr fim às chamas e a impedir que voltem. O composto é despejado nas áreas queimadas identificadas pelo Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul.

Para tornar essa operação mais eficiente, a aeronave que vem sendo usada é equipada com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System). A ferramenta fornece à tripulação a leitura do solo para que o composto usado contra as chamas seja despejado com maior precisão.

Na sexta-feira, as ministras Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas) sobrevoaram a área de Corumbá mais afetada pelo fogo. Ao lado do governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, as ministras visitaram, ainda, o município de Ladário.

Recursos

Tebet aproveitou para negar que tenha havido omissão do governo federal no combate ao fogo no Pantanal. E frisou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou que não faltarão recursos para o apoio às ações.

“O que aconteceu no Pantanal não foi por omissão ou falta de planejamento do governo federal ou estadual, também não foi por falta de recursos”, salientou.

A ministra disse, ainda, que está definido que haverá uma linha de crédito para o combate ao fogo na região. “Não foi falta de recurso, muito pelo contrário. Sabíamos que íamos ter uma antecipação das queimadas — não tão grande assim, mas sabíamos”, salientou Tebet.

O Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul passam por uma das piores secas em 70 anos, o que piora a situação. Estão atuando contra as chamas no Pantanal 145 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), 40 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e 53 militares da Marinha estão envolvidos no combate à crise. O governo federal já liberou R$ 100 milhões para a contratação de reforços para o Ibama.

 

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