A loja Cobasi de Porto Alegre guardou os computadores no mezanino para evitar que a água os atingisse, enquanto os animais foram deixados no subsolo, denunciou a delegada Samieh Saleh, da Delegacia de Meio Ambiente (DEMA/DEIC), após vistoria na unidade.
Em entrevista ao Portal Uol, a delegada informou que participou de uma vistoria no petshop, nesta quinta-feira (23/5), acompanhada de agentes do Ibama, do Comando Ambiental da Brigada Militar e do Instituto Geral de Perícias (IGB).
Durante a inspeção, foi constatado que o mezanino (parte mais alta da loja) não foi atingido pela enchente. De acordo com a delegada, identificou-se que computadores que estavam em caixas no subsolo foram retirados e levados para cima.
O mesmo cuidado não foi dado aos animais, diz Samieh. Os agentes retiraram da loja 38 corpos entre peixes, aves e roedores. “Estava uma escuridão, fizemos uma busca em uma loja inteira com ajuda de lanternas, cheio de objetos no chão. Bem possivelmente que tenha bem mais”. As informações foram adicionadas na investigação do caso.
Os corpos dos animais serão analisados pelo IGB. O Ibama publicou em suas redes sociais vídeo e fotos que mostram a primeira vistoria na loja, que aconteceu no domingo (19/5). A própria Cobasi tinha confirmado na sexta-feira (17/5) que os animais tinham morrido durante a enchente.
A Polícia Civil investiga as circunstâncias que levaram os animais da loja à morte. Se houve crime, suspeitos podem ser condenados de três meses a um ano de prisão.
O Correio procurou a Cobasi em busca de um posicionamento. Em caso de resposta, a matéria será atualizada.
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