Porto Alegre — A falta de energia elétrica e água em diversas regiões do Rio Grande do Sul tem gerado reclamações quanto ao atendimento das concessionárias dos serviços públicos no estado. Os moradores de Porto Alegre protestaram, na noite desta segunda-feira (13/5), contra a falta de energia. Os manifestantes, do bairro de classe média Cidade Baixa, queimaram móveis na rua José do Patrocínio e responsabilizaram a concessionária CEEE Equatorial, que não estaria atendendo às solicitações dos moradores.
Quando a reportagem chegou ao local, o protesto já estava no final e uma das organizadoras, Claudia Amodeo, síndica de um edifício que sofre com a falta de luz, disse que, quando consegue contato com a concessionária, a empresa responsabiliza a Defesa Civil. No entanto, segundo ela, ao ligar para a Defesa Civil, o órgão informa não ter nenhuma responsabilidade sobre a distribuição de eletricidade na cidade.
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“Sete dias sem luz e sem água, tem idosos e crianças doentes, em depressão, estamos esgotados e na parte da noite somos assaltados. A gente liga para a CEEE que diz que a culpa é da Defesa Civil, mas quando ligamos para a Defesa Civil ela nos informa que a culpa é da CEEE”, reclama a síndica.
Mesmo com o número reduzido de veículos circulando na capital gaúcha — depois da saída de muitas famílias para outras regiões do estado em função das enchentes que ainda alagam a cidade —, o protesto dos moradores causou um pequeno congestionamento nas ruas da região, que só foi interrompido depois da intervenção da Brigada Militar (polícia militar do estado). Na abordagem, os agentes apagaram o fogo e se solidarizaram com os moradores, com um dos policiais dizendo que também sofre, há uma semana, com a falha no fornecimento na própria casa.
O Correio tentou contato com a concessionária, mas não teve resposta. O espaço segue aberto.
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