A Marinha enviará, nesta quarta-feira (8/5), o Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico — maior navio da Força Naval e da América Latina — para ajudar a população do Rio Grande do Sul. A embarcação transportará duas estações móveis para tratamento de água, que são capazes de produzir um total de 20 mil litros de água potável por hora. O objetivo é suprir parte da demanda das cidades gaúchas que sofrem com a escassez desde o rompimento das barragens.
Além do Atlântico, a Marinha mobiliza o Navio de Apoio Oceânico Mearim e o Navio-Patrulha Oceânico Amazonas, equipado com três embarcações que seguirão para o Rio Grande do Sul nesta terça-feira (7); e a Fragata Defensora, com partida prevista na quarta-feira (8/5), transportando doações e suprimentos. Para auxiliar no resgate às vítimas ilhadas e no transporte de suprimentos pelas vias alagadas, o navio Atlântico levará oito embarcações de médio e pequeno porte.
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Além disso, na segunda-feira (6/5), a Marinha ativou um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil que embarcará, nesta terça (7/5), às 8h, em voo da Força Aérea Brasileira (FAB), rumo a Canoas (RS). Na bagagem, os Fuzileiros Navais levarão um Hospital de Campanha, com capacidade de operar até 40 leitos, além de profissionais de saúde da Unidade Médica Expedicionária da Marinha (UMEM), a fim de atender as vítimas das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul.
“O trabalho das equipes de resgate aéreo da Marinha, que salvaram mais de 150 pessoas desde o início da operação, receberá, com a chegada dos navios, reforço de mais oito aeronaves, além das quatro que permanecem de prontidão no estado. Serão doze helicópteros, no total, em um esforço contínuo de resgate aos moradores ilhados em áreas de difícil acesso. Também estão sendo enviados 40 viaturas e 200 militares Fuzileiros Navais para atuar na desobstrução das vias de acesso, além de equipes de apoio à saúde, formadas por médicos e enfermeiros”, informa a Marinha.
A tragédia no Rio Grande do Sul já deixou 85 mortos, segundo boletim da Defesa Civil. As autoridades contabilizam 339 feridos, 134 desaparecidos e mais de 201 mil pessoas estão fora de casa, sendo 153.824 desalojados e 47.676 em abrigos públicos.
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